sexta-feira, 8 de abril de 2016

Lagos e Vulcões 2016 - Vulcão Villarica

(03/02) Acordei um pouquinho antes das 5hr para me aprontar para a caminhada de subida do vulcão Villarica, que seria outro ponto alto da viagem (figurativamente e literalmente!). Saimos da cabana pontualmente as 6hr para o encontro na agência as 6:30hr. Ainda deu tempo de voltar e pegar um óculos de sol esquecido na mesa de jantar de cabana. Ainda bem, pois para andar na neve o óculos escuros é bastante importante.

 (tempo ruim antes de sair)

Chegamos na agência e nos equipamos para a subida, mas o tempo estava feio e até choveu um pouco! Mas existia uma possibilidade boa de abrir mais tarde .Os guias estavam em contato pelo rádio com o guarda-parque e esperamos uma meia hora até termos autorização para subir. Embarcamos na van e deu para tirar um soninho no caminho da agência até o início da subida.

 (nem parece o mesmo dia... tempo bom?!)
 (fim do teleférico adiante!)
 (tempo bom, mas ainda com bastante nuvem "pra baixo")

Começamos a subida andando debaixo do teleférico. Havia a opção de usá-lo (por um valor, é claro!), e para quem tá na dúvida se aguenta ou não, é uma boa opção. O primeiro trecho serviu para dar uma idéia do que viria: 2km, 430m de subida em 1hr até o fim do teleférico. A partir daí começaríamos a caminhar na neve, então o guia deu instruções de como fazer isso, e como utilizar o "piolet" (a picareta de gelo).

 (antigo teleférico. Também conhecido como "catedral")
 (visto de cima)

Começamos então a caminhar na neve, e fomos progredindo fazendo paradas para descanso a cada 50 minutos de caminhada. Passamos por um antigo terminal de teleférico, mas que foi destruído/abandonado após uma erupção do vulcão anos atrás. Aliás... o vulcão Villarrica é o mais ativo da América do Sul e apesar de não ter destruído nada nessa ocasião, a última erupção foi em 2015!

 (paradinha para o "almoço" na neve)

Bem próximo ao topo, deixamos as mochilas para fazer o ataque ao cume. Muito legal lá em cima apesar da dificuldade da subida.  Não dá para ver a lava no fundo do poço, mas você chega na boca do vulcão e é bem impressionante. No equipamento que você recebe tem uma máscara, que segundo os guias servem apenas para filtrar a poeira/resíduos em suspensão no ar, e não por causa do gás, que aliás, tem um cheiro diferente, mas não é forte (ou pelo menos não estava forte!). O tempo lá em cima é breve, tipo uns 15 minutos, e logo voltamos até o ponto onde tínhamos deixado as mochilas para fazer a preparação para a descida.

 (próximo ao cume, vamos caminhar na pedra novamente)
 (boca do vulcão!)



(2760m acima do nivel do mar)

Antes de descer, mais instruções. Primeiro colocamos toda a roupa impermeável (casaco e calça). Os guias te ensinam como usar uma lona, que parece um fraldão para proteger a bunda e ajudar a escorregar, já que boa parte da descida é fazendo "skibunda". E ainda tem uma espécie de "pá" de plástico que serve para sentar em cima e ajudar a escorregar nas partes onde a neve está "agarrando". Os guias também preparam uma "canaleta" em zigue-zague na neve, formando assim uma espécie de tobogã, que facilita bastante na hora de descer e ajuda a controlar a velocidade que seria muito grande se fosse simplesmente em linha reta! Os guias mesmos descem usando um pequeno esqui e impressionam pela habilidade de descer aquela pirambeira com um treco pouco mais comprido que um pé-de-pato!

 (poucas fotos na descida, porque eles pedem para você guardar a câmera para fazer o skibunda)
 (Lago e Pucon lá embaixo)

Acaba que a subida de horas se transforma numa descida de menos do que uma hora até o fim da neve é claro, porque daí tem que caminhar de novo :-).
 


Na volta à agência ganhamos uma cerveja e o pessoal fica de papo na "laje", mas ficamos pouco porque ainda havia uma logística a ser feita, já que boa parte das roupas estavam molhadas. De volta a cabana lavei a roupa que foi pro vulcão, pra sair de Pucon com toda a roupa limpa.

Saímos para fazer as compras do jantar de despedida e escolhemos como cardápio um ravioli! Desde o começo da viagem, temos usado um abridor de latas do Tui, já que eu não tinha entendido como usar o que parecia ser um abridor de latas do meu canivete chinês. Quando chegamos em Pucon, quando tinha uma oportunidade, procurava um abridor de latas iguais aos tradicionais que usamos no Brasil, mas parece ser desconhecido no Chile! Eles utilizam aquele que parece ser um alicate com uma parte giratória, que é bom, mas grande demais para quem tá viajando de bike. Procurei mais uma vez nessa saída, mas não achei. Nem em uma loja de chinês, tipo 1,99 do lado do mercado tinha :-(. Isso vai ter consequências depois....

De volta a cabana, cozinhamos o ravioli com um molho ao sugo e comemos até não aguentar mais :), enquanto conversávamos sobre o passeio do vulcão. Falamos também dos planos de cada um, já que eu seguiria até Puerto Montt, e eles ficariam ainda mais alguns dias em Pucon. Fui deitar em seguida porque estava meio acabado :).

Resumo do dia: 12km de caminhada, 1423m de subida. Track aqui.

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