terça-feira, 26 de abril de 2011

Acolhida na Colônia - dia 3

Durante a noite o tempo piorou, e acordamos com um tempo feio e uma chuvinha fina. Não desistimos facilmente, e tomamos café e nos arrumamos para sair. Fomos de carro até o centro da cidade para abastecer e de lá iríamos pedalar. No entanto o tempo piorou, a chuvinha que tinha parado retornou e a Gleyce ficou com um pouco de receio de pegar um terreno com pedras escorregadias e lama. Optamos por retornar a pousada, onde ela ficaria e eu iria debaixo de chuva mesmo :-). Parti então para o roteiro da Cachoeira May. Como sai da pousada teria que vencer o trechinho até o centro da cidade, o que não foi problema.

Esse trecho segue o mesmo esquema dos outros, ou seja, quilometragem baixa, subidas e vales. O destaque fica por conta das árvores frondosas no caminho e para a Cachoeira. Aliás... de novo a falta de sinalização atrapalhou, pois a entrada da cachoeira não está sinalizada, e como o tempo estava ruim, e não tinha ninguem pra perguntar acabei não me empenhando muito em procurar, logo não vi a cachoeira. Mas ainda assim valeu o caminho. Principalmente os trechos mais fechados e as florestas de pinheiros.








Mais pro final do trecho a chuva resolveu cair, e forte! Cheguei bem encharcado, mas contente pelo pedal. Tomei um bom banho, carregamos o carro e fomos almoçar no Sítio da Cristine, onde já tinhamos agendado o almoço. Novamente boa comida, com destaque para o macarrão caseiro. O seu Chico, proprietário do sítio, nos apresentou a propriedade. Mostrou o sistema de criação de gado em piquetes: o pasto é divido em lotes, e cada dia o gado pasta em um lote, assim a grama tem tempo para se recuperar. Ficamos mais um tempo de papo, e partimos para encarar a estrada de volta para Curitiba.

Resumo do dia: 25km com 525m de altimetria.

domingo, 24 de abril de 2011

Acolhida na Colônia - dia 2

Começamos o segundo dia com um café da manhã com a família e desta vez o marido da Dona Flora, seu Simão também estava presente. Cabe uma explicação aqui: a proposta da Acolhida na Colônia é que os turistas se hospedem e compartilhem o modo de vida do pessoal da região, então não é bem um esquema pousada/hotel. Após o café a dona Flora e o seu Simão foram nos mostrar o sítio, e começamos pela pequena, mas legal, coleção de bicicletas do seu Simão. Com direito a uma voltinha em cada uma :-).




Enquanto a Dona Flora mostrava seu orquidário para a Gleyce, o seu Simão me mostrou caixas para a criação de abelhas e me explicou o processo. Foi bastante interessante ver a consciência ecológica dele. Mesmo não sendo uma atividade muito rentável, ele destacou a importância da criação de abelhas e na recuperação de espécies que tinham praticamente sumido da região e que são essenciais para a polinização das flores. Logo depois o casal nos acompanhou pelas hortas e pela criação da frangos (essa sim a atividade rentável :-) ).




Como o dia anterior havia sido meio pesado pra Gleyce, mudei um pouco o nosso programa. Em vez de deixar o carro em Anitápolis e seguir de bike+alforges para Santa Rosa de Lima, optamos por ir de carro até lá, e dividir os dois trechos que fariámos no sábado, fazendo um deles na sexta e outro no sábado. Ao chegar em SRL procuramos a casa da Dona Neiva, dona da Pousada das Águas (na verdade é uma casa que ela aluga para os turistas). O filho dela nos acompanhou até a casa, e depois nos levou até o Balneário das Águas, onde iríamos almoçar (havia poucas opções de almoço, pois a cidade é pequena e era feriado!).

Após o almoço partimos para o trecho Rio Bravo. Lugares agradáveis mas com mais um bocado de subidas, e dessa vez com sol. Fizemos o trecho em um ritmo bem light e retornamos à pousada por volta das 16:30h. Logo em seguida a Dona Neiva chegou trazendo as roupas de cama, e os ingredientes para o nosso café da manhã: pão, queijo, waffles (uhu!), cuca (muito boa!), pó de café, leite, etc. Ficamos de bobeira o resto do dia, e acabamos lanchando em vez de sairmos para jantar. A noite o tempo começou a mudar, e vi uns raios antes de deitar.





(Pousada das Águas)

Resumo do dia: 16.5km com 423m de altimetria.

Acolhida na Colônia - dia 1

Feriadão de Páscoa emendado com Tiradentes a vista e eu não estaria de plantão! Normalmente eu não sou muito fã de viajar em feriados porque as estradas sempre ficam terríveis, mas essa seria uma boa oportunidade para iniciar a esposa no cicloturismo. Eu já havia tomado conhecimento de um roteiro chamado Acolhida na Colônia que fica em dois municípios de SC, Santa Rosa de Lima e Anitápolis, e parecia ser uma boa pedida, principalmente porque os trechos eram curtos. Fiz um planejamento prévio e com o auxílio da Associação Acolhida na Colônia reservei pousadas e preparei um roteiro que contemplava 4 dos 5 trechos da região (cortei o mais pesado).

Saí de Curitiba na 4a, dormi na casa da minha mãe em Florianópolis e na 5a de manhã partimos para Anitápolis. Como era de se esperar pegamos um bocado de engarrafamentos na região de Palhoça e no começo da BR-282. Mas conseguimos chegar em Anitápolis em mais ou menos 3 horas de viagem. O tempo estava bem esquisito, feio, e choveu um pouco, mas ao chegarmos a chuva parou e parecia que o tempo iria melhorar. Deixei o carro na pracinha no centro da cidade, e partimos para o primeiro trecho: Rio da Prata. Esse trecho é do tipo vai-e-volta, e haviámos marcado almoçar no final (na verdade no meio) do trecho.




O caminho segue margeando o Rio da Prata, no meio de um vale. Na ida as subidas predominam, e ganhamos altura a medida que avançamos dentro do vale. O tempo continuou feio, mas sem chuva. Ao nos aproximarmos do fim, a Gleyce já estava bem cansada, e por azar tinha sido picada por algum inseto (ela é alérgica), e fez um pequeno inchaço no braço. Quase passamos direto pelo ponto de parada pois não tinha nenhuma sinalização, mas como estávamos sendo esperados, o seu Hélio estava atento ao movimento na estrada e nos chamou. Almoçamos no Hélio Schuller, que além de guia, recebe os ciclistas em sua casa. Com produtos da região, o almoço estava muito bom, com destaque para o aipim e a salada de chuchu :-).

(casa do Helio Schuller)


Infelizmente o tempo dava sinais de que iria mudar, pois estava fechado e ventava bastante, fazendo até um pouco de frio. Optamos por retornar sem visitar a cachoeira próxima. Estava preocupado também com a hora pois já passava das 3 da tarde, e haviámos demorado 3 horas para chegar!

No entanto a volta foi tranquila, pois agora descíamos mais do que subiámos. E o tempo que estava feio, resolveu melhorar, e o sol apareceu! Em 2 horas estávamos de volta ao carro. Colocamos as bikes nele e fomos procurar o nosso local de hospedagem, o Sítio da Flora, que ficava logo no começo do trecho em direção a Santa Rosa de Lima.





Chegamos no sítio, e nos hospedamos. Após um bom banho e um pouco de descanso, jantamos na companhia da família. A dona Flora havia preparado um delicioso prato com carne e pinhão.

(casa onde ficamos hospedados, e ao fundo a casa da Dona Flora)

Resumo do dia: 32.8km com 626m de altimetria

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Campanhas "Educativas"

Segue um post um pouco diferente do usual por aqui. No meu caminho casa-trabalho eu costumo passar por alguns tubos de ligeirinho (ônibus), e em alguns deles existem painéis de propagandas. Pois bem... A prefeitura da cidade já tinha um histórico de campanhas publicitárias/educativas duvidosas, como a campanha de trânsito que começava com "Curitiba não para" ou como essa (dá para ler a mensagem?). Faz algumas semanas que me deparei com mais uma:


Caramba... quem é que faz essas campanhas? Ou melhor, quem é que aprova essas campanhas? Eu não sou nenhum especialista em marketing e propaganda, mas como "público alvo" de uma campanha dessas eu fico em dúvida do significado. É uma propaganda da COPEL, dizendo que a capacidade de geração de energia foi aumentada e com isso mais luz está disponível, então eu posso escolher "acender"? Uma campanha educativa não deveria deixar bem clara a mensagem, sem ter que apelar para o bom senso (isso existe?) do cidadão? Que tal algo mais direto do tipo "Beba Coca-cola". Fica alguma dúvida? :-)

Parece que alguem pensou nisso, e a nova campanha é diferente:


A questão da diagramação continua sendo discutível, mas pelo menos a mensagem é clara: "Feche a torneira enquanto escova os dentes". ah... muito melhor! Marketeiros, me esclareçam!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saldo de Março

Março foi um mês legal. E ainda teve o Audax de Floripa. Fechei com 706km.

sábado, 2 de abril de 2011

Audax Florianópolis 2011 - Fotos

Eu mesmo acabei não tirando fotos, mas outras pessoas compensaram :-).

Fotos do Dutra

Fotos do Luquetta

Fotos da Organização

Audax Florianópolis 2011

O Audax é uma prova ciclística não competitiva de longa distância cujo objetivo é percorrer uma determinada quilometragem dentro de um tempo limite. Como a prova é feita para o "asfalto" ela acaba acontecendo em beira de rodovias (leia-se: BR-alguma coisa). No entanto em Florianópolis é um pouco diferente, e o cenário ajuda, então o Audax organizado em Floripa tem se tornado bastante popular, além de ter uma distância mais "popular", ou seja "apenas" 200km. Esse ano tinha 340 inscritos! O primeiro Audax Floripa aconteceu em 2009, e de lá para cá participei de todos (2009,2010, e agora 2011).

Em 2009 eu tinha recém voltado a pedalar ou melhor tinha começado a pedalar de maneira mais séria, e foi dureza percorrer os 200km, mas acabou que eu e o Pedro (que tb estava estreando no Audax) fizemos a prova em algo por volta de 10h30m. Em 2010 fui fazer com um grupo de amigos, e como andamos juntos, o tempo subiu consideravelmente, umas 12h. Para 2011 eu estava mais "experiente", e afim de ver tudo o que a Kona conseguiria andar. Então tinha como meta fazer o trajeto abaixo das 10h.

A logística desse ano seria parecida: desceriamos pra Floripa no sábado e iriamos ficar em um albergue na trindade (próxima a linha de largada).  Por causa das chuvas a BR-376 estava problemática então descemos via Serra Dona Francisca. Por uma tremenda coincidência encontramos o Dutra e o Luquetta em uma padaria em Campo Alegre (São Bento do Sul), e nem era beira de estrada! Fizemos uma paradinha no mirante da Dona Francisca, e o Pedro aproveitou a oportunidade para descer de bike (droga... da próxima vez eu vou de carona e não de motorista :-) ). Chegamos a Floripa, demos uma passadinha na casa da minha mãe, e fomos cumprir o ritual almoço, hospedagem, congresso técnico.

(foto by Dutra)

Puts... eu sempre durmo mal antes do audax... mas tudo bem, acordamos as 4:30h, preparamos as coisas e as 5:30h estávamos prontos na linha de partida. Pudemos ver o dia clarear na linha de partida.

(foto by Dutra)

A largada é no estilo carro-madrinha. Seguimos pela beira-mar e cruzamos a ponte seguindo o carro, e dai sim cada um pode andar no seu ritmo. O primeiro trecho eu fiz bem forte, e andei junto com o primeiro pelotão. Média de 32km/h. A primeira subida forte, dentro da base aérea mostrou que com a relação mais speed do que mtb da Kona eu teria duas opções: subir pedalando EM pé, ou A pé :-) (primeira opção nesse caso). Consegui ficar pouco tempo no primeiro PC, e parti logo.

No segundo trecho pegamos um trecho com vento contra, o que junto com o desgaste fez a média diminuir um bocado (média de 25km/h).  Mais uma pedalada em pé para vencer a subida da praia mole e chegar no segundo PC. Como era hora do almoço, eu tinha me programado para demorar um pouco mais neste. Comi melhor e parti para o terceiro trecho, que costuma ser o mais dificil, pois vc já está cansado e ainda falta mais 100km.

Pedalei praticamente sozinho em boa parte do terceiro trecho mas no fim dele fui batendo papo com um ciclista "destaque" (o pessoal da organização costuma convidar/destacar ciclistas experientes), o Isac que  havia completado uma prova de 1001 milhas na itália (1650km!). Muito gente boa, ele tava pedalando uma fixa! Fomos falando de cicloturismo e os últimos 10km até o PC-3 foram tranquilos, apesar da lombar e dos pulsos estarem me matando. Média de 25km/h.

(foto by "amigo desconhecido")

Dei uma boa descansada no PC-3, alonguei para aliviar a lombar, e como eu estava dentro do tempo previsto, me preparei para fazer o último trecho bem tranquilo. Parti para o último trecho e passei pelo Pedro que estava indo em direção ao PC-3 (esse PC tem supresinha... vc passa na frente dele, mas precisa andar ainda mais uns 8km para poder parar nele!). Fiz o último trecho sozinho. Nesse trecho tem uma subida pesada que me obrigou a usar a opção 2 :-(. Fiz tb uma parada num posto para repor o potássio (leia-se: coca-cola :-) ).  Dessa vez o último trecho foi o pior... mas ainda assim fechei ele com média de 22km/h. Pensa que acabou? não... descansei e esperei o pessoal chegar, e daí fomos para a casa da minha mãe que tinha preparado um merecido e delicioso jantar! Mas infelizmente o dever me aguardava, então ainda encarei os 300km de carro até curitiba ainda no domingo a noite!

(eu e o Isac na linha de chegada)


Alguns números:
Média de velocidade: 25.7km/h
Tempo de pedal: 7h45m
Tempo Total: 9h34m
Problemas mecânicos: 0 (nem pneu furado!)