segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Carretera Austral 2014 - O Retorno

(29/1) Curioso como a ida e o retorno para essas viagens tem se tornado quase que uma aventura. Dessa vez não foi muito diferente! Acordamos cedo e terminamos de empacotar tudo. Conforme eu tinha feito na vinda, coloquei tudo de mais valor e mais pesado no alforge que vira mochila e que eu carregaria comigo. Os demais alforges voltaram na minha sacola do Paraguai :-). O Mildo colocou seus alforges em uma lona e fez uma espécie de "bombom" gigante, um pacotão fechado com bastante fita adesiva :-). Descemos até a bicicletaria, que ficava a apenas duas quadras do hotel, e já estava tudo pronto para o embarque, faltando apenas chegar nossa "condução". A caminhonete chegou, carregamos ela e partimos para o aeroporto. Fomos conversando com o motorista, que era amigo do dono da bicicletaria e instrutor de ski! Claro que o carreto foi cobrado, mas acredito que teríamos gastado até mais com taxi.



Chegamos cedo no aeroporto, e despachamos logo as bikes/bagagens de modo que teriamos mais de uma hora para ficar de bobeira por lá. Depois de rodar um pouquinho resolvemos sentar na lanchonete e tomar uma coca enquanto esperávamos. Enquanto estávamos lá, anunciaram no sistema de som o nome do Mildo e pediram que ele comparecesse no balcão da companhia. Ok... lá se foi ele... uns 40 minutos depois e ele ainda não tinha retornado. Fiquei preocupado e fui atrás dele. Nada dele no balcão da Aerolineas. Rodei mais um pouco e não o achei. Voltei no balcão, perguntei e me disseram que ele poderia estar no desembarque! Achei estranho mais desci para o andar de desembarque e o vi por trás das portas de vidro junto com a polícia!


(a espera do embarque)

 Resumindo a história: passaram o pacotão dele no raio-x e encontram coisas "estranhas". Quer dizer... que ciclista acharia estranho um pote com parafusos, um frasco de W40 e um punhado de abraçadeiras? Aparentemente os terroristas conseguem fazer uma granada com isso :-). Depois de um monte de explicações e "pra que serve" o mal entendido foi resolvido e liberaram o Mildo! (ah sim.. perdeu o W40!).



No embarque mais uma pequena surpresa. Nos colocaram pra fora da fila, e nos pediram para ver o cartão de crédito! Pelo menos essa foi fácil de resolver. Infelizmente colocaram o Mildo na lista negra, então em todo os embarques/revistas/raios-x pararam ele e pediram para abrir bolsa, etc!

Fora isso, os vôos foram tranquilos. Chegamos em Florianópolis dez e pouca da noite, e o Paulo foi nos buscar de Bandeirantes (mais um passeio de bikes amarradas no teto!). O meu plano era dormir na minha mãe e voltar para Curitiba no dia seguinte, mas acho que o Rafael e o Mildo já estavam meio estressados e pediram para ir para a rodoviária! Deram sorte e pegaram o último ônibus do dia, de volta para Curitiba.

Eu fiquei, e ainda curti um almoço na casa da minha mãe antes de embarcar de volta para Curitiba. Feijão finalmente :-)!

Pronto... demorei quase 1 ano para terminar os posts! Segue a pauta!

p.s. praticamente sem fotos do último dia, então segue algumas do dia anterior!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Carretera Austral 2014 - Bariloche

(28/1) Eis que quase um ano depois resolvo terminar o relato :-). Antes de desmaiarmos de sono no dia anterior, a última coisa que fizemos foi acertar a volta para casa. Compramos passagens de Bariloche para Buenos, e de lá para Florianópolis para o dia 29, então teriamos ainda um dia para passear em Bariloche e tentar tirar a impressão ruim que ficou (adianto, sim... tiramos). Compramos as passagens pela Aerolineas Argentinas e não foi barato! Curioso como é possível comprar passagens de ida-e-volta mais baratas do que só de ida! Bom, fica a lição, da próxima vez comprar passagens de ida-e-volta e optar pela modalidade "flexivel" (o que permite a troca do dia sem taxas absurdas!).

Começamos o dia meio devagar, e como o hotel não tinha café da manhã fomos para a rua principal e achamos um lugar legal para tomar um café com uma "media-luna" (croassant). Bariloche é uma mistura esquisita... a rua principal foi feita para os brasileiros ávidos por compras, com muitas lojas. A cidade é bem "inclinada", meio que espremida entre montanha e lago, mas o local de fato é bem bonito. Pelo que pudemos conversar com os locais, a estação onde o movimento é grande mesmo é no inverno, mas o verão está ganhando uma certa popularidade também.

(Sim... é inclinado!)

Fomos atrás de uma agência de turismo e compramos as passagens para a visita a Isla Victoria. Como o passeio seria a tarde, usamos a manhã para passear pela cidade. Visitamos o lago, a igreja principal, a prefeitura, e na volta para o hotel ainda achamos uma bicicletaria onde fizemos os arranjos para o nosso retorno. Em viagens anteriores, nós mesmos embalamos tudo para a volta, mas dessa vez acabamos acertando com a bicicletaria para eles fazerem isso, ou seja, trariamos as bikes, eles colocariam em caixas e no dia seguinte nós a pegariamos e seguiriamos para o aeroporto. Tivemos alguma dificuldade com o transporte para o aeroporto, pois não achamos taxis que pudessem levar as caixas, mas o dono da loja foi muito legal e conseguiu contactar um amigo que tinha uma caminhonete e nos levaria para o aeroporto.




Com tudo resolvido, ainda rodamos mais um pouco até dar a hora de pegar o ônibus na agência que nos levaria até o cais de onde partem os barcos para a ilha. No caminho pudemos observar um pouco mais da beleza do local. Fora do centro da cidade, na beira do lago há outros hotéis (possivelmente bem caros...) e até mesmo campings que parecem ser muito legais (#ficaadica).


Chegamos no porto e embarcamos. O passeio de barco faz duas paradas, a primeira no que eles chamam de Bosque de Arrayanes, uma ponta do lago, com um bosque com árvores que são primas da nossa jabuticaba e que só são encontradas na região. A segunda parada é na Isla Victoria mesmo.



Na primeira parada está uma casinha que dizem as lendas teria inspirado Walt Disney na criação do "Bambi". De fato Walt Disney visitou a região, mas se a história da casinha é verdade, bem... há controvérsias :-). O passeio no bosque se dá por uma série de passarelas de madeira e é bem agradável, embora você tenha que disputar espaço com mais um monte de turistas. Desse local também sai uma trilha que leva até Vila La Angostura, que estava nos nossos planos, mas vai ficar para uma próxima vez.


(bosque de Arrayanes)

De lá o barco seguiu para a Isla Victoria e ai os turistas se dispersam mais porque há umas 3 ou 4 opções de caminhos/trilhas diferentes. Optamos pela trilha mais longe, e talvez por isso mesmo, a mais vazia. Valeu muito a pena porque ela sobe um morro com uma vista muito legal para a região! Boas fotos para a capa de página do facebook :-).





Pena que o seu tempo na ilha é regulado pelo horário do barco, então voltamos e aguardamos o embarque. De volta a Bariloche começamos a pesquisar o local para jantar e nos foi fortemente recomendado o "Boliche do Alberto". Fomos para lá e encaramos uma fila de quase 1 hora! Mas valeu a pena, de fato o Bife de Chorizo deles é espetacular! Terminamos a noite com um sorvete de Dulce de Leche em uma sorveteria próxima e voltamos para o hotel para a última noite da viagem!


Sem pedal hoje :-).