terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Serra da Dona Francisca

O pedal desse domingo foi proposto pelos amigos do Odois como um "pedal de encerramento do ano e das tiras". O destino foi a Serra da Dona Francisca, seguido da estrada do Rio do Julio, paradinha em Schroeder, rodovia do arroz e final no posto Rudnick (tudo em SC). Após algumas semanas de planejamento e muitas trocas de email, ficou acertado que iriamos de van+carretinha até o começo da serra, e voltariamos de van do posto Rudnick. Alias, sobre o planejamento, faço um "parenteses" aqui: meus agradecimentos a todos que estiveram envolvidos com o planejamento e não foram, aos que planejaram e foram, e aos que só foram! Foi muito legal fechar o ano com um pedalzão com vocês. Em especial fico feliz que o Du esteja bem e pedalando. Fecha parenteses :-).
O ponto de encontro do pedal foi as 6h da matina no Shopping Italia. Após uma certa espera, tipo uns 40 minutos(!), a van chegou e colocamos as bikes na carretinha. Enquanto esperávamos o Pedro se desentendeu com uma abelha e conseguiu uma ferroada nas costas!


Saimos de Curitiba com duas desistências... paramos no caminho para pegar mais 3 ciclistas, e seguimos para SC, em uma viagem bem rápida e tranquila. Ao chegar no ponto de encontro no pé da serra encontramos mais 3 ciclistas (totalizando 15), tomamos um café da manhã, dá-lhe protetor solar, e finalmente pedal!


O pedal começa já com o chefe de fase: a subida da serra Dona Francisca. Saímos de uns 50m acima do nível do mar e vamos a uns 700m, com uma paradinha um pouco depois da metade em um mirante. Pelo menos a subida é asfaltada, então até que rendeu apesar do sol torrando o capacete.




Re-agrupamos no mirante e seguimos subindo até alcançar a entrada da estrada do Rio do Júlio, saindo do asfalto e iniciando um trecho muito legal de pedalar. A próxima parada para reagrupar seria a represa.







Quando cheguei na represa uma parte do grupo já estava lá. Fizemos um lanche enquanto aguardávamos o resto do grupo. Os mosquitos também também lancharam muito bem esse dia! O resto do grupo demorou um pouco para chegar pois houve um problema mecânico e uma desistência. Continuamos o pedal e enfrentamos mais algumas subidas, e logo iniciamos um imenso downhill! Muito bom :-). O próximo ponto de parada foi uma cachoeira, no meio da descida.




Paradinha na cachoeira, e continuamos o downhill. A próxima parada seria a Cabana do Weiss em Schroeder. Nessa altura, o sol estava se escondendo e umas nuvens esquisitas começaram ocupar muito espaço no céu.





Chegando em Schroeder descobrimos que tinhamos poucas opções de alimentação então acabamos parando na loja de conveniências de um posto de gasolina. O jeito seria ficar na base do sanduíche e coca-cola mesmo. O grupo todo chegou e ficamos um tempo de papo. As nuvens que estavam se acumulando viraram uma tremenda chuva. Já resignados que iriamos voltar em baixo de chuva, fizemos os preparativos necessários:  capa nos alforges e mochilas, eletrônicos nos saquinhos estanques. Ainda restavam uns 40km até o posto Rudnick, onde a van estaria nos esperando. A tarde já estava meio avançada e havia a preocupação de não chegar muito tarde em casa. Então saímos do posto sob uma chuvinha fina, mas aproveitamos o asfalto plano para aumentar o ritmo. Até rolou uma corridinha contra os nativos (injusta por sinal... eles estavam de single-speed e com mais um cara na garupa!).

Apesar do cansaço o grupo estava empolgado. Começamos a pedalar forte e em pelotão. Saindo de Schroeder, desviamos de um morro, e pegamos um "atalho" até chegar na rodovia do arroz. Mais uma paradinha para re-agrupar, e toca em ritmo forte pela rodovia. A chuvinha ficou alternando, entre chuva, chuvão e de vez em quando de volta a chuvinha.




O Fabrício vinha puxando o pelotão, mas em um determinado ponto achei injusto ele ficar cortando o vento e passei na frente para pagar a minha cota de vácuo :-). Acho que exagerei, pois me desgarrei do grupo e ficamos em apenas 3 ciclistas! Ah sim... os paralamas da Giant fizeram sua parte, nada de ficar bebendo água suja de asfalto! A chuva em si não foi de toda ruim, pois não pegamos vento contra, e a água não estava fria. O único porém foram os recuos dos pontos de ônibus, onde o asfalto da pista invade o acostamento criando um desnível em diagonal, que molhado fica meio perigoso. Procurei sempre atacá-los no melhor ângulo, o que me obrigava a diminuir um pouquinho o ritmo nesse momento. Chegamos no posto Rudnick em tempo recorde... Trocamos de roupa (droga... eu jurava que tinha colocado mais uma bermuda no alforge!), repomos as calorias com mais coca-cola e chocolate, e arrumamos as bikes na carretinha para encarar a volta para casa.


A volta para casa de van não foi tão tranquila quanta a ida. Pegamos alguns trechos de engarrafamento na BR, alguns caminhões parados e acidentes. Próximo ao final da subida quando as duas pistas se aproximam novamente, presenciamos um acidente impressionante e lamentável. Um carro descendo a serra derrapou no começo da curva, invadiu o canteiro/barranco direito e saiu capotando. Deve ter girado umas três vezes! Felizmente chegamos bem em Curitiba. Muito legal o pedal, valeu pessoal!

O meu track está aqui. 101.6 km de pedal e .... wtf? quando eu terminei o pedal o GPS marcava 1.150m de subidas acumuladas. O garmin connect diz que foram 1316m, mas se habilitar o "elevation correction" vira 1.572m! vai entender...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pedala Curitiba

Poisé... Faz tempo que ouço falar do Pedala Curitiba, mas nunca tinha ido. Eu sabia que era um esquema mais "light", com apoio da prefeitura e diretran, e talvez por isso mesmo achava que não valeria muito a pena. Mas tava nos meus planos ir conferir. Quinta passada finalmente os motivos para ir se acumularam e conspiraram para eu ir: tava com tempo, seria o último do ano, o percurso iria passar pela Nilo Peçanha (subidas, ou seja, não ia ser tão "light" assim), um colega do trabalho se animou para ir também, quarta eu não tinha pedalado, etc...
Chegando lá encontramos mais dois amigos e fizemos o roteiro batendo papo. Realmente o negócio é mais light do que estamos acostumados (deve ter dado uns 15km), mas vai bastante gente (122 segundo a contagem oficial)! O ritmo é tranquilo, mas não chega a ser devagar, e o fato de ter o diretran junto ajuda a manter um ritmo constante, já que eles fecham os cruzamentos.


Terminanos o pedal e fui com com Fabricio comer um dog no Josias, pra não terminar a noite tão "light" assim :-)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

5k!

Hoje eu completei os 5 mil quilometros rodados de bike no ano. Ainda é metade do que eu rodo anualmente de carro, mas considero um resultado muito bom :-), e o ano ainda não acabou! Com certeza eu já tinha alcançado os 5k alguns dias antes, mas como vale só o que tá escrito, o resultado oficial foi alcançado só agora. Segue um screenshot do meu garmin connect.


Nota mental: apertar o start no começo do pedal e verificar se o GPS tá marcando ou não :-).

domingo, 5 de dezembro de 2010

Saldo de Novembro

Novembro foi um mês bom :-). Começou já com uma viagem e apesar da chuva consegui aproveitar bem as oportunidades para pedalar. Saldo do mês: 547km.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Garagem

Aproveitei o feriado para adicionar mais um gancho de parede na "garagem" :). Assim a número 3 ganhou sua vaga. O espaço está ficando apertado e ainda falta a bike da esposa...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Circuito Costa Verde e Mar - Números

Alguns números do circuito:

- 278 km
- 2.941m de altimetria
- 18:48h de pedal
- 14.8 km/h de velocidade média

Comparado com o Vale Europeu, o Circuito Costa Verde e Mar é ligeiramente mais curto (fiz 291km no Vale, possivelmente mais, já que estava estreando o GPS e esqueci de dar start algumas vezes), mas ele é muito mais plano (5400m no Vale). Pedalei durante 21:31h a uma velocidade média de 13.6km/h no Vale. Bom, tá certo que o Vale Europeu tem um trecho a mais...

A última foto, já em Balneário Camboriú:


Ah sim... o Mildo publicou as fotos dele no Picasa, veja elas aqui.

Circuito Costa Verde e Mar - dia 3 (parte 2)

Sai de Zimbros por volta das 13:35h. Nem deu tempo de se preparar psicologicamente e veio o morrão. Subida inclinada e com bastante cascalho. Ainda bem que depois da viagem na Estrada Real, eu fiz um up na bike, coloquei um X9 no cambio traseiro com um cassete 11-34. Valeu o investimento, porque nesse trecho o 34 trabalhou bastante :-). 

Vencido o primeiro chefe de fase do dia, parei para almoçar num restaurante no caminho em direção a BR. Um feijão com arroz, salada e carne básico para não pesar muito. Abasteci a mochila de hidratação com uma água geladinha, e pé na estrada. Após o morro vem uma trecho meio chato até a BR, e de lá o caminho segue por mais um trecho rural com plantações de arroz.






(A foto acima é dedicada ao pessoal do Odois - Eles tem uma fixação por Tobata que não entendo :-) ).

No começo da segunda metade do trecho vem um novo chefe de fase, bastante inclinado, e mais alto. O caminho sai de poucos metros acima do nível do mar, até 230m! A descida é bastante ingrime e perigosa também, e foi necessário um pouco de cuidado no downhill. O trecho segue por uma região bem agrádavel de vales, natureza e algumas plantações. Por volta do km 42 passei por uma placa que marcava a divisa dos municípios de Camboriú e Balneário Camboriú, e comecei a pensar que apesar dos morros até que o trecho não era tão dificil assim, e que logo logo chegaria, pois já até conseguia avistar os prédios mais altos de Camboriú! Bom... ledo engano, uma supresa aguarda os incautos ciclistas deste trecho.




(Será que alguem esqueceu de puxar o freio de mão?)

Já avistando Balneário, o trecho faz um desvio para o sul, e logo te coloca em uma subida muito íngrime de uma série de morros. Até esse pedaço eu havia feito algo em torno da metade da altimetria total do trecho, ou seja, uns 500 a 600 metros em 44 kms, logo restavam mais uns 500 metros a serem feitos em 12kms! Vai ver os criadores do percurso foram tomados por algum tipo de sadismo, pois deixaram o pior para o finalzinho. Ou tinham medo que o pessoal desistisse logo de cara, se colocassem esse trecho no começo :-). Seja lá qual for a razão, o fato é que o pedaço conhecido como interpraias, é pesado. Muitas subidas, seguidas e inclinadas nos kms finais até Balneário. Esse pedaço é usado também para provas de corridas, e em algumas subidas haviam palavras de incentivo pintadas na pista, como "não desista!" e "força!". Ao fim do sobe e desce, uma última balsa e cheguei a Balneário.





O fato de ter feito os dois últimos trechos numa tacada só contribuiu para que o dia fosse o mais pesado de todos. Ao chegar em Balneário, parei em uma padaria para repor as energias (hmm... sonho de creme :-) ), e tomar um mate leão, e fui pro hotel buscar o carro que ficou guardado lá, para em seguida pegar a estrada. Como não deixei para voltar no último dia do feriado, peguei um trânsito tranquilo na estrada.

Parcial do trecho: 59.6km e 963m de altimetria.

Total do dia: 111km e 1576m de altimetria.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Circuito Costa Verde e Mar - dia 3 (parte 1)

A programação para o dia 3 seria ir apenas de Balneário Camboriú até Zimbros, ou seja, um trecho "médio" com algo em torno de 50km, com uns três morros no meio, e uma boa parte do percurso pela beira-mar. Mas eu tinha planos ligeiramente diferentes: como a saudade de casa tava batendo e a minha esposa teria que viajar logo na quarta-feira de manhã, se eu fechasse os dois trechos no dia 3, eu ganharia a terça-feira do feriado em casa. Conversei com o Mildo, e ele concordou que não haveria problema algum em ele fazer o último trecho sozinho com a esposa. E como ele ficaria em casa de parentes, ele estava tranquilo em relação a hospedagem (nós não tinhamos visto nem reservado nada em Zimbros!). Então o meu plano era o seguinte: Se eu conseguisse sair de Zimbros até as duas da tarde, eu faria o último trecho sozinho, caso contrário iria ficar por lá e voltar na terça com ele. Minha preocupação era pegar a noite sozinho no percurso.

Saímos de Balneário bem cedo, e traçamos com a ajuda do GPS, um caminho até o começ do trecho 5 (lembrando que o trecho 5 começa em Camboriú, e não em Balneário). Um pouquinho de trânsito de cidade, um pouco de ciclovia e uma pequena travessia de balsa e estávamos novamente no traçado oficial do percurso, que por sinal, começa logo com um morro. Não muito inclinado e até bastante agradável por conta da vegetação.





Depois do morro o trajeto fica mais urbano/beira de praia. Tirando um trecho de paralelepípidos "quase" beira mar (explico: tinha um linha de casa entre a rua e a praia, então só dava para ver o mar nos pontos de acesso a areia), o percurso é bastante agradável. Uma curiosidade: eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto uma igreja do "Bola de Neve" (tipo... são surfistas cristãos?! reparem os símbolos), bom agora eu vi :-). 





Em Porto Belo tem uma ciclovia a beira-mar muito legal, mas esqueci de fotografar... olhem nas fotos do Mildo :-).  Após passar por bombas/bombinhas chegamos em Zimbros e fomos até a casa dos parentes da esposa do Mildo. A hora estava justa pra mim, pois era algo perto de 13:30h. Como o trecho 6 começa já com um chefe de fase (um morro), e estava bem quente, agradeci ao convite para almoçar e me preparei para começar o último e derradeiro trecho. O almoço ficaria para depois do morro :-). Para que o post não fique imenso, vou continuar o terceiro dia em um próximo post.

Parcial do dia: 51.5km e 600m de altimetria.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Circuito Costa Verde e Mar - dia 2

No segundo dia fizemos dois trechos: Luis Alves - Ilhota e Ilhota - Balneário Camboriu. O correto seria ir para Camboriú e não Balneário Camboriú (ver dia 0). Conseguimos sair um pouco mais cedo do que no primeiro dia, e por volta das 8:40h já estavamos pedalando. O trecho até Ilhota é tranquilo e bastante plano, com predominância de plantações de arroz. Para chegar a Ilhota é preciso atravessar um rio de balsa. Aproveitamos a travessia para perguntar aos locais onde poderíamos justificar o voto e onde comer. A apenas duas quadras da saída da balsa havia uma escola municipal e lá justificamos rapidamente os nossos votos. Com o nosso dever cívico cumprido (maldita votocracia) fomos até a "churrascaria" indicada. Buffet livre + 2 pedaços de carne por R$ 10,90.






O trecho depois do almoço foi bastante tranquilo também e um dos mais curtos (39km). Um céu de brigadeiro, um bocado de calor, e paisagens legais durante a tarde. Com o tempo bom, Balneário ficou bem mais agitada, e pegamos bastante movimento nas ruas. Falando nisso... impressiona a quantidade de Porches, Audis e até Ferraris nas ruas!





Total do dia: 80km e 485m de altimetria.