quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Kona!!!

É... correndo o risco de me aproximar do número "S", eu montei a 4a bike. Tudo começou com a vontade de experimentar uma bike com um câmbio "interno", ou no cubo (conhecido lá fora como "igh" - internal gear hub). Definitivamente um rohloff é um sonho de consumo, mas pouco acessível, pois é caro (mesmo lá fora) e pra importar não é trivial. No entanto, a Shimano havia anunciado o Alfine de 11v por um preço bem mais em conta, e aconteceu do meu pai ir pro Canadá! Mas, acabou que achar o alfine não foi fácil, pois parece que shimano fez um "pré-lançamento" com poucas unidades em 2010, e ele não está disponível em qualquer lugar. Tive que recorrer ao e-bay, e consegui arrematar um por um preço razoável. A idéia então seria enviar o alfine para o Canadá para que meu pai pudesse trazê-lo. Bom... parece que não é tão fácil assim enviar coisas do Estados Unidos pro Canadá, ainda mais quando vc não é um residente, então o vendedor acabou enviando direto pro Brasil. Ainda bem que era o meu dia de sorte, e por incrível que pareça o alfine chegou direto em casa e sem alfândega!!!

Com o câmbio em casa, começava a procura por onde colocar ele! Parece meio estranho começar a pensar em uma bike nova a partir do câmbio, mas foi isso que aconteceu. Acabei definindo um conjunto mínimo de coisas que eu queria na bike nova: pneus 700c, garfo rígido e freios a disco (ou pelo menos a possibilidade de usá-los). Essa configuração de bike com pneus 700c, mas sem o guidão "drop" é conhecida como "híbrida", pois é um misto de speed com mtb.

Na procura por opções aqui no Brasil acabei selecionando algumas possibilidades como a scott sub-40 e a giant seek  (leia mais nesse tópico que eu abri no fórum do pedal.com.br). Mas acabou surgindo uma terceira opção, que tinha tudo que eu queria e ainda por cima sairia mais em conta: a Kona Dew!

Experimentei a Kona que havia na loja mas achei que ela ficou pequena, então optamos por encomendar uma um tamanho maior. Até que chegou rápido e logo o Renan começou a montá-la pra mim. Como eu já sabia que seria muito difícil encontrar um quadro com uma gancheira horizontal (necessário para poder esticar a corrente), acabei comprando também um tensionador de corrente. O resultado final ficou muito legal. Tá aí:




A única coisa que não ficou assim "perfeita" foi a altura do guidão. Eu prefiro ele mais baixo, pois embora a proposta desse tipo de bike seja mesmo de deixar vc em uma posição mais ereta, eu não consigo mais pilotar assim. Troquei a mesa, fiz alguns ajustes e ficou bem aceitável.

ah sim... tech specs: Quadro Kona Dew Plus (tamanho 56cm), freios a disco hidráulicos Shimano, câmbio alfine 11v com "cassete" 20T e pedivela 39T, pneus 700cx28c Continental City Ride.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Reservatório do Carvalho

Algumas semanas atrás alguns amigos tinham ido visitar o Reservatório do Carvalho (leia mais aqui). Como estava viajando não participei, mas logo teve uma segunda edição da visita organizada pelo Pedro. O combinado era sair do ponto tradicional da domingueira, seguir pela 277 até próximo ao SAU, pegar a estradinha em direção ao Morro do Canal, e ir até o reservatório. Na volta iríamos parar na lanchonete do Morro do Canal para um lanche/almoço e depois voltaríamos pela BR. A estimativa era de 90km de pedal, nada mal :-). Parte do grupo achou melhor ir de carro até um posto próximo ao SAU, e dois ou três ciclistas encontraríamos pelo caminho.

Domingão de manhã nos encontramos e o pessoal do (Família) Farinha deve ter estranhado o número, maior que o usual, de ciclistas. Seguimos em direção primeiro ponto de encontro em frente a Coca-Cola na 277. Eu e o Rafael aproveitamos o começo da BR para aquele momento "speedeiro" e andamos acima dos 40km/h. A desculpa era chegar na hora no ponto de encontro :-). O próximo ponto de encontro foi no posto no cruzamento com a Rui Barbosa, e o último ponto de encontro no posto próximo ao SAU. Neste último ficamos um tempinho a mais até o pessoal descarregar as bikes dos carros e se preparar para o pedal. O grupo ficou grande, estávamos em uns 20 ciclistas!


O pedal em direção ao Morro do Canal já era um velho conhecido... a diferença dessa vez ficou por conta do trecho desbarrancado, que dessa vez estava tão grande, que foi necessário cortar por uma trilha no mato. Mais a frente também passsamos por uma grande poça de água. Daquelas que não tem jeito e você acaba molhando o tênis (droga... não gosto de ficar com o pé molhado!). Na última encruzilhada antes da entrada do Morro do Canal, pegamos a esquerda e daí segue direto até o reservatório. Chegando lá preenchemos uma espécie de ficha de visitação e recebemos uma pequena orientação sobre a visita. A partir da "sede" percorremos uns 1600m até o reservatório propriamente dito. Ah sim... paramos antes para visitar uma nascente, e depois ficamos um tempo explorando o entorno do reservatório.





Ficamos um tempo por lá e depois o pessoal foi saindo e pegando a estrada em direção ao Morro. Havia um "piscina" menor acessível por uma trilha (atrás da casa amarela) que o responsável pelo reservatório havia nos ensinado a chegar, mas que pouca gente havia se interessado por visitar. Eu e o Zé tivemos o mesmo pensamento, ou seja, já que não voltaríamos lá tão cedo, valia andar um pouco mais e conhecer de uma vez. Então deixamos as bikes no começo da trilha e percorremos uns 900 metros até a "piscina". Se o tempo tivesse colaborado talvez valeria um mergulho, mas nublado do jeito que estava ficamos só no visual mesmo. Voltamos, pegamos a bike, pedalamos até a sede e descobrimos que éramos os últimos e que todo mundo já tinha ido. Então tocamos direto até a lanchonete do Morro do Canal, onde encontramos o resto do pessoal. Como sempre acontece quando chega um bando de gente de uma vez só, a comida acaba demorando (principalmente se vc foi um dos últimos a pedir).




 (um sapo "folha")

A chuva que até então estava só ameaçando resolveu engrossar um pouco. Após a primeira pancada mais forte, resolvemos voltar na esperança de que choveria em rajadas, e que a próxima ainda demoraria mais um pouco. Na volta o grupo se espalhou um pouco mais, em função do cansaço e da vontade de voltar logo, e nisso acabamos perdendo uma ciclista pelo caminho. Ela havia ficado por último e errou uma direção. Percebemos isso meio tarde, então eu fiquei em um ponto esperando, e o Rafael e Zé voltaram para tentar encontrá-la, enquanto isso o resto do grupo seguiu. Ok... minha culpa, eu sugeri um caminho errado para eles (desculpa pessoal!), pois interpretei mal o mapa do GPS. Mas tudo bem... eles se acertaram e acabaram conseguindo voltar assim mesmo. Eu mesmo segui esse caminho e vi que estava errado e voltei. Quando eu retornei, encontrei o Rafael e o Zé, que não haviam achado a ciclista perdida. O Rafael havia recebido um telefonema, em um dos raros momentos em que o celular funcionou, dizendo que ela estaria na frente de um bar aguardando o resgate. Começamos então a fazer planos de como resgatá-la, por onde ir, e que bar seria esse. Enquanto planejávamos ela simplesmente chegou, acompanhada de um casal de ciclistas que encontramos lá na lanchonete!

Bom... resolvido esse problemas seguimos até a BR. Ao chegar no asfalto o temporal que estava armando resolveu cair, e seguimos pela BR debaixo de muita chuva! Apesar disto, a volta foi tranquila e sem maiores incidentes, pelo menos para nós! Já para o Pedro a situação foi bem diferente! Ele estava na frente com mais 2 ciclistas, seguidos por outro grupo de mais 3 ciclistas  uns 200 metros atrás. Ao passarem pela churrascaria Marumbi, quase foram atropelados por um carro da polícia, que cortou eles e entrou em velocidade no estacionamento da churrascaria. Logo em seguida outro carro da polícia chegou e parou na BR. Um bandido que estava dentro da churrascaria apareceu na porta e voltou para dentro da churrascaria e logo em seguida começou um tiroteio! E com eles no meio! Por sorte ficou tudo no susto. Mais informações sobre o assalto aqui.



Foram muitas emoções para um pedal só :-).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Expedição Trilha do Telégrafo - Conclusão

Comparado com outras viagens esta foi bem curta, mas ainda assim muito legal mesmo. Terrenos, lugares e situações diferentes. Apesar de ser um terreno mais "selvagem", não tivemos nenhum problema mecânico, nem sequer um pneu furado!

O Rafael juntou as fotos de todos e publicou no site dele:
Fotos do Mildo no picasa e relato no blog.

Fechei a viagem com 150km pedalados. Seguem os tracks:

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Expedição Trilha do Telégrafo - Dia 3

Terceiro e infelizmente último dia de viagem pois haviámos combinado de voltar todos com o Mildo (lembram? casamento no dia seguinte?) :-(. Acordamos cedo, e descemos para o café da manhã. Pena que o pão não era tão bom quanto o da outra pousada. O ponto alto do dia seria pedalar na beira da praia deserta até Superagui. Tinhamos acertado com o dono da pousada, Júnior, que ele nos levaria de voadeira até a Barra do Ararapira. Fizemos o embarque das bikes, e saímos. O Júnior nos deu duas opções: desembarcar no trapiche do povoado ou mais próximo ao começo da praia. Como o Mildo estava seguindo o track feito pelo pessoal do O2 optamos por descer no povoado. Não foi a melhor opção...



No caminho percorrido pela voadeira passamos por uma pequena vila "fantasma". Tinhamos visto um artigo em um quadro na pousada contando que última habitante da vila havia falecido e que a vila estava abandonada.


Desembarcamos na vila da Barra do Ararapira, e seguimos em direção a praia, usando o track do GPS. No começo foi tudo bem, passamos por algumas casas, depois pedalamos na areia, cruzamos alguns rios, e depois, cadê a trilha? O mar está tomando um espaço de terra, e desbarrancando algumas margens. Tentamos seguir/procurar a trilha em meio a vegetação, mas ela ficou densa demais e dificil de prosseguir. Em um determinado momento quando avançar ficou muito difícil, estávamos em um pequeno barranco próximo à margem, avistamos um pescador e sinalizamos para ele. Por sorte ele com seu toc-toc nos acudir e nos deu carona até um ponto mais a frente, e mais próximo do mar aberto. Ainda tivemos que desembarcar na água, e seguir um trecho carregando as bikes nas costas, mas foi uma tremenda de uma ajuda. Em retribuição contribuimos com 20 reais pelo frete.







Após uma pequena caminhada carregando as bikes chegamos em um trecho de areia mais dura, e mais algumas dezenas de metros chegamos na praia deserta que nos levaria até Superagui (hm... a praia não é Superagui também?). O Mildo e o Rafael aproveitaram o isolamento para.... bem, descubram no blog do Mildo :-). A nossa frente havia uns 28km de praia e com uma areia dura, muito boa de pedalar. Acho que até pedalamos bem demais porque chegamos em Superagui antes do almoço. Paramos em um restaurante para uns refri/cervejas, almoço com peixe e descanço.




O Mildo havia combinado com um nativo a nossa travessia para a Ilha das Peças, mas o cara não apareceu após o almoço, então procuramos outra pessoa para nos atravessar. Acabamos atravessando meio espremidos em uma voadeirinha, mas tudo bem, o trecho era bem curto mesmo.

O trecho a ser percorrido na Ilha das Peças era menor, uns 15km talvez. A nossa frente estava a Ilha do Mel. O trecho de areia era quase tão bom quanto o da praia em Superagui, mas a faixa de areia era menor, e em alguns trechos, com maré alta ela quase sumia, nos obrigando a pedalar na áqua salgada. Havia também algumas travessias de rio, nos quais precisávamos carregar as bikes, mas nada demais... tranquilo e até divertido.





Chegando no povoado fomos logo nos informar a respeito do barco. A informação da internet estava certa, havia um barco de linha para Paranaguá saindo as 17h, ou seja, tínhamos ainda umas 2 horas de sobra. Primeiro fomos até um restaurante para mais uns refris/cervejas. Ah sim... e para abrir a Cataya (uma cachaça com umas folhas típicas da região) que foi comprada em Superagui. Ficamos por lá por algo em torno de 1h, mas daí o restaurante fechou e saímos para esperar em outro lugar. Acabamos em uma casa/sorveteria onde fomos muito bem recebidos pelo casal de idosos donos do lugar e ficamos um bom tempo proseando com eles. O senhor nos contou histórias sobre seu tempo de marinheiro, e ela de como cresceu na região e conheceu ele. Assim o tempo passou rápido e logo se aproximou a hora de embarcar. Fomos para próximo do trapiche, onde também funciona uma associação de mulheres da ilha. Na associação havia um mercadinho e lanchonete, onde o Pedro comprou um "cocrete"de camarão. As 17h embarcamos, e dessa vez não nos cobraram pelas bikes, e seguimos para Paranaguá. A viagem foi tranquila e durou algo em torno de 1h e 30m.



Desembarcamos e fomos até o estacionamento, onde tivemos a última surpresa da viagem! Eu havia deixado o rádio ligado e isso detonou a bateria! Saco... ainda morri em 20tão para o eletricista fazer uma chupeta (no carro, é claro :-) ). Com as bikes e bikers devidamente acomodados, fomos atrás de um tal de pastel que seria muito bom. Não achamos (ou estava fechado?) o local e acabamos comendo o pastel em outro lugar mesmo. Devidamente alimentados encaramos a estrada de volta para Curitiba. Puxa... pena que acabou :-(. Valeu pela viagem e pela companhia pessoal!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Expedição Trilha do Telégrafo - Dia 2

O segundo dia seria o grande dia, pois iríamos encarar a trilha do telégrafo propriamente dita, e seria o dia com maior quilometragem da viagem. Acordamos cedo e tomamos o café da pousada. hm.. o pão era muito bom! Carregamos as mochilas de hidratação, arrumamos os alforges, protetor solar e pegamos a estrada. Parte do percurso haviámos feito no dia anterior, mas a temperatura do começo do dia ajudou e percorremos ele rapidamente. Entramos na estrada que nos levaria a um bar/lugar chamado Batuva, próximo ao começo da trilha. A estrada estava em obras em alguns trechos e cruzamos com caminhões e uma niveladora. No caminho o Mildo e o Pedro ainda aproveitaram para mais um mergulho em um rio. 


Chegamos no Bar e ele estava fechado! Uma senhora veio nos atender e disse que o filho do dono estava lá, mas saiu e deveria voltar logo. Muito hospitaleira, ela nos trouxe um garrafão com água frequinha para abastecermos as caramanholas e mochilas de hidratação, e em retribuição o Mildo deu barrinhas de cereais para a criançada que a acompanhava. O dono do bar apareceu e conseguimos comprar um coca-cola :-). Enquanto estávamos por lá aproveitamos para fazer uns sanduiches com o pão e salame que haviámos comprado. Re-abastecidos confirmamos com os locais o caminho para a trilha e partimos.

 
Eu não sabia muito do que esperar da trilha... tinha ouvido algumas histórias do tipo "demoraram 3 dias para fazer de jipe", então estava imaginando o lamaçal que seria! Mas também tinham nos dito que não chovia a alguns dias, então era bem possível que a trilha estivesse "seca". Bom, nem oito nem oitenta! A trilha tem lama em alguns trechos. É pedalável em alguns trechos e em outros não (Talvez o Rafael diga que ela é quase toda pedalável!). Então fiquei naquele pedala, desce, empurra, sobe e pedala. A essa altura o sol e calor estavam castigando. Em alguns trechos da trilha apareciam uma espécie de estrado de troncos, isto é, troncos roliços colocados horizontalmente, para impedir que o que passar por lá atole.




No meio da trilha paramos para tirar um pouco da lama dos câmbios traseiros. Logo mais a frente fui passar no que parecia ser um gramado e atolei até o joelho! Mas para frente assisti de camarote um tombo inusitado do Rafael, bike para um lado, biker para o outro.... Só que o outro lado era um barranco e o rio!



Chegamos ao ponto da trilha onde aparecem os postes do antigo telégrafo, e paramos para algumas fotos. O final da trilha ainda nos esperava com uma surpresa: voltamos a andar sobre os troncos, só que eles estavam submersos em uma grande poça de água quente. Ora pelo calcanhar, ora pelo meio da canela! E por fim, 5.4km de trilha, chegamos à escola rural que marca o fim da trilha. 

(tinha que ter junto um "poste" se alugando...)

De volta a estrada de chão, percorremos uns poucos quilometros até achar um rio para nos refrescar e limpar um pouco as sapatilhas que estavam cheias de terra e lama. Mas para frente um pouco achamos uma pequena vila e uma vendinha, onde tomamos um refri/cerveja. Como não tinha água mineral acabamos não repondo nossa água... grande erro! 



Até o Ariri seriam mais 30km, e sem nada no caminho! Começamos o caminho até lá debaixo de muito sol e muito calor. Estrada de chão com um sobe e desce. Eu havia dado um pouco da minha água pro Pedro e lá pelos 15kms percorridos a água acabou e começou a bater um pouco de desespero. Havia a possibilidade de encontrarmos algum rio no caminho, embora não parecesse naquele momento. Meio resignados decidimos ir tocando devagar, afinal seriam mais uns 15km, o que não é uma distância tão grande assim. Mas tivemos sorte e poucas centenas de metros depois do desespero achamos um riacho! Paramos para um mergulho e "ah que se dane... vai ser água daqui mesmo!". Enquanto me preparava para descer até o riacho vi um caminhoneiro parar, descer do caminhão e jogar fora a água que estava na garrafinha plástica dele, e em seguida descer do outro lado da estrada. Opa! ali era o local certo para pegar água! Abastecemos lá nossa água, mas por via das dúvidas ainda colocamos o clorin que o Mildo havia levado (nota mental: comprar clorin... pode ser salvador!).


Percorremos o resto do trecho revigorados pela água. Ao longe uma tempestade se formava, mas parecia que ia ficar restrita apenas a serra que estavamos contornando (o que aconteceu). Chegamos finalmente ao Ariri e nos informamos sobre as opções de hospedagem. Resolvemos pagar um pouco mais caro (45 por pessoa!) por quartos com ar condicionado. Ao chegarmos faltou luz no local, mas por sorte o dono da pousada tinha um gerador! Tomei um bom banho. Como saiu terra! :-) Aproveitamos também para lavar algumas peças de roupa, secar as sapatilhas, e passar uma água nas bikes que estavam com um crosta de lama nos freios e nos câmbios.


(foto by Mildo)

Jantamos um peixe (e um feijão que estava muito bom!) em um restaurante na beira dágua. Como os celulares não funcionavam lá precisamos usar um orelhão para poder mandar notícias para casa. Como de costume, fizemos as compras pro dia seguinte e fomos dormir. Haviámos combinado com o dono da pousada que ele nos levaria até a Barra do Ararapira pela manhã de voadeira. 


(foto by Mildo)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Expedição Trilha do Telégrafo - Dia 1

Chegou o dia! No dia anterior eu tinha dirigido uns 600km de Visconde de Mauá/RJ até Curitiba, mas quem disse que foi difícil de acordar? 5:20h eu levantei, arrumei rapidinho as coisas e fui pro ponto de encontro. Até que o embarque foi rápido e em pouco tempo pegamos a estrada rumo a Paranaguá. Chegamos pouco antes das 8h e precisamos rodar um pouco até encontrar um estacionamento fechado. Achamos um chamado Pátio São Miguel (parece que tem vários!), e que por sorte ficava junto a uma lanchonete. Então aproveitamos para um pastel e um mate de desjejum. Seguimos para o cais e fizemos o embarque das bikes (15 + 5 pilas pela bike para Guaraqueçaba). Ah sim... e um dramin antes. Eu já disse que eu enjôo facinho?



Ah quem dera eu conseguisse fazer como o Pedro e o Rafael e ler a bordo? Enfim... umas 2h e meia de barco e chegamos a guaraca. Procuramos a pousada que o Pedro tinha reservado (Ferreira, 20pilas a diaria, quente pra burro!). Separamos o que não iríamos utilizar (voltaríamos a pousada mais tarde) e seguimos para o Salto Morato.


(os búfalos tomam banho de lama. Tratamento de beleza? :-) )

Pegamos um bocado de sol na estrada. Paramos em um botequinho na começo da estrada que leva ao Salto Morato para repor a água. Garrafinhas de água congeladas são ótimas para colocar na mochila de hidrataçao, se vc tiver a sorte de encontra-las :-). 

(estradinha para o Salto Morato)


("Aquário")

Chegando ao Salto, pagamos a taxa de visitação (7 reais!), e entramos. Normalmente é necessário deixar as bicicletas no centro de visitação, mas como não havia funcionários para cuidar das bikes, nos deixaram levá-las até o aquário. Fomos até lá e curtimos a água. Um pouco fria, mas com o calor que fazia, foi ótimo. Havia um montão de peixinhos na água, e nos divirtimos um pouco jogando coisas para eles comerem. Primeiro o Rafael e o Pedro descubriram que até cuspe eles comiam, (eca!) depois jogamos pedacinhos de comida propriamente dita. Fora da água os mosquitos faziam a festa, e usaram o repelente ("off kids") como molho! Depois do mergulho e da lata de pêssegos, fomos dar uma olhada na cachoeira, o Salto Morato propriamente dito. Primeiro o Mildo e o Pedro subiram e eu e o Rafael ficamos de olho nas bikes. Depois que o Mildo voltou subimos para ver o Cachoeira.

(Salto Morato)

Na saída ficamos um tempinho de papo com os responsáveis pela reserva. Uma turistóloga (como se chama alguem formado em Turismo? Turista é que não é :-) ), e um voluntário. A volta foi debaixo ainda de muito sol, mas o caminho foi mais rápido. Na volta tomamos um pequeno desvio e contornamos Quarequeçaba, o que foi legal, pois passamos por lugares legais a beira mar.



Ao passar pela cidade o Mildo procurou se informar se havia barco da Ilha das Peças para Paranaguá. Aliás... isso rendeu um capítulo a parte, pois cada vez que perguntávamos para alguem a resposta era diferente, e isso foi gerando uma certa preocupação no Mildo, pois ele realmente tinha que voltar na sexta. Na internet dizia que tinha  um barco as 17h, mas havia alguma desconfiança na informação. Como plano B estávamos preparados para pagar um extra e contratar uma voadeira para nos levar, mas vai saber...

O fim do pedal foi em um mercadinho. Cerveja (refri pra mim), uns comes para enganar enquanto víamos o sol se pôr. Aproveitamos também para comprar comida e água para o dia seguinte. Demos um pulo na pousada para um banho e saímos para jantar. Sorvete na praça e voltamos para a pousada. Mantendo uma certa tradição de comprar chinelos em lugares não usuais, tive que comprar um outro par, já que o meu "du pé"  comprado em Urubici resolveu soltar a tira (literalmente!).

Noite de sono complicada... o teto baixo deixou o quarto um pequeno inferno de tão quente. O ventilador não ajudou muito. Tive também uma certa dificuldade de dormir com o colchão macio demais, mas por fim o cansaço venceu e o dia seguinte prometia.