segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Competições 2013 - parte 2

Como dizia um famoso dirigente esportivo "tá na chuva é para se queimar". Além do metropolitano, eu corri também duas etapas da Copa Pedale Bike de Ciclocross. A modalidade é uma mistura de mountain bike com speed, ou seja, se usa uma bike tipo de estrada (guidão curvo, e pneus 700 mais finos que os de mtb), mas em um circuito com barro/terra/grama e alguns obstáculos. Uma característica bem marcante são os obstáculos que requerem o desmonte, ou seja, vc sai da bicicleta e carrega ela para subir uma escada, transpor um banco/tábua ou algo do tipo.

A primeira etapa eu havia apenas assistido e aconteceu na "No Sol" Bike Park. Havia feito um tempo tipicamente europeu (de onde vem a modalidade) com frio e chuva, fazendo com que a pista ficasse bastante suja. Fiquei motivado a experimentar, mesmo sabendo que o negócio é bem dificil, tanto tecnicamente quanto fisicamente.

A segunda etapa aconteceu em Campo Largo, e contrariando a etapa anterior, fez bastante sol! Cheguei mais cedo no local, dei uma volta na pista, e fui almoçar com o pessoal antes da prova. Como esperado, o negócio é brutal! Mas também bastante divertido pela variedade de situações na prova: escadas, subidas, barrancos, obstáculos e até uma cancha de areia! Ao contrário do Campeonato Metropolitano, na Copa Pedale não tem divisão de categoria por idade, só masculino/femino, então eu já imaginava o resultado... tomei até volta de uma galera :).


(Largada no estilo "Le Mans", ou seja, vc corre para pegar a bike)







A 3a e última etapa foi especial, pois aconteceu junto com o feriado de 7 de setembro. "Independência ou cross"! :-). E ainda por cima foi no velódromo/Jardim Botânico. A pista estava bem legal e alternava uma volta dentro do velódromo com o espaço em torno. O dia estava fantástico e para quem estava assistindo também foi bem legal, pois dava para ver tudo e ainda aproveitar o gramado para um picnic! Novamente uma prova puxada (182bpm de média de batimento cardíaco!).







E foi isso... 2014 tem mais ciclocross :-).

Competições 2013 - parte 1

Eu nunca fui muito de competições, e sempre pratiquei atividades físicas pelo prazer. Esse ano, um colega com um perfil parecido tinha começado a competir no Campeonato Metropolitano de Mountain Bike e falava com um certo entusiasmo das provas. Incentivado por ele, eu resolvi me inscrever em uma prova para ver qual era o barato :-). Acabei curtindo o negócio, não tanto pela disputa com outros ciclistas, mas pelos vários lugares legais onde foram feitas as competições e pelo "auto-desafio".

Como eu tenho andado meio preguiçoso para atualizar o blog (resolução de ano novo 2014: atualizar mais o blog :-) ), acabei juntando tudo em um (ou poucos) posts em vez de blogar cada prova.

Fiz minha estreia na 4a etapa do Campeonato Metropolitano e de cara deu pra perceber que o negócio era pesado. Quando li sobre a competição e vi que o trajeto teria algo em torno de 40km não achei grandes coisas, afinal estava acostumado a andar muito mais do que isso! O que eu não tinha levado em conta era que são 40km andando no limite! Embora eu tenha começado bem (ou pelo menos achando isso), furei um pneu no meio da prova e perdi um bom tempo arrumando. Meu conserto foi mal feito e mais pro fim da prova vi que o pneu estava bem vazio e parei para encher ele de novo para terminar a prova. Apesar disso, curti, mas fiquei com aquela sensação de ter feito o negócio pela metade e teria que fazer outra etapa :-). Essa etapa também trouxe um pequeno aprendizado: melhor deixar a mochila de hidratação em casa.



A 5a etapa foi realizada na Lapa. Nesse meio tempo, eu aderi a moda das 29", e a etapa foi a estreia da minha Epic! O tempo não ajudou muito, e estava frio e molhado. Muita lama nas trilhas e um pouco de chuva no final, mas foi divertido mesmo assim :-).


A 6a etapa foi ainda mais divertida. Convenci o Fabrício (eterno ex-estagiário) a correr também. Passamos um bom tempo antes da prova provocando um o outro. Obviamente o Fábricio era o favorito e eu apenas o desafiante. Ele até escolheu uma categoria que largasse depois da minha, assim o objetivo dele era me passar durante a prova e o meu fugir dele o maior tempo possível! E foi isso que aconteceu! Ele conseguiu me passar no meio da prova (por que demorou tanto? :-) ), e ainda ficou com a minha água! Coincidência ou não, foi o meu melhor resultado durante o campeonato: um 6o lugar na minha categoria. E ainda deu pódio para o Fabrício!




A 7a etapa foi a mais dificil, tanto tecnicamente quanto pessoalmente, já que encerrou um mês de pedais pesados todos os finais de semana (audax 400, cerne, ciclocross!). Trilhas longas e com bastante barro, uma altimetria pesada e ainda por cima faltou comida no meio! Mas passamos por alguns lugares legais e valeu a etapa.



E para fechar o ano, a 8a etapa aconteceu em Rio Negro. Fui com a Gleyce no dia anterior, e nos hospedamos na cidade. A prova aconteceu junto com uma festa na cidade, então estava bem cheio e bem animado. A prova foi tecnicamente mais fácil, então o ritmo foi mais rápido. O tempo estava muito bom, então tudo contribuiu para uma prova bem legal.





Seguem os tracks dos trajetos das provas:

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Audax Floripa 400km!

Esse ano eu estava mesmo determinado a pedalar distâncias maiores, mas tinha dúvidas ainda sobre o Audax 400km. Mas, depois do Audax 300km da Lapa em abril, eu comecei a achar que seria possível. O 400 em questão seria o de Floripa, e com uma altimetria muito inferior ao que foi da Lapa! E para completar eu teria companhia, pois o Fabricio (Dyck, ex-estagiário) se animou, então fechou, tínhamos um plano :-).

 (preparada para o audax!)

Saímos de Curitiba numa sexta final de tarde com um tempinho bem esquisito e pegamos um tremendo engarrafamento na descida da serra. Mas chegamos bem em Florianópolis e ,claro, minha mãe tinha preparado um monte de coisas para o lanche/janta! No sábado de manhã contei com a ajuda da Gleyce (que iria fazer o desafio 70km com uma amiga) para ir buscar nosso "kit" audax, enquanto eu e o Fabrício dávamos os últimos retoques nas bikes.


("antes", largada)

A largada aconteceu na frente do Della Bikes as 15h de sábado, e teríamos ao todo 27 horas para completar os 400km, embora nosso plano fosse o de fazer em 20h. Passamos pela beira-mar, ponte, estreito e logo chegamos na BR-116 em direção a Itajaí. Não sei se pelo fato de estarmos em pelotão, ou pelo tipo de terreno, mas o negócio rendeu e a velocidade média ficou acima dos 30km/h. No meio do caminho para Itajaí começou também uma garoa que iria nos acompanhar até as 5h da manhã!

Chegamos no primeiro PC em Itajaí bem, e para nossa surpresa, havia um risoto de frango sendo servido! Comemos e aproveitei o fato de estarmos numa bike shop para trocar o meu pisca traseiro, que por alguma razão desconhecida deixou de ser "pisca" e travou ligado! Saímos de Itajaí relativamente cedo, e enfrentamos alguns trechos meio tensos de estrada porque o acostamento estava sujo por causa de obras na região.

Próximo a Barra Velha tivemos o primeiro e praticamente único "susto" do pedal: nós estávamos em 3 ciclistas, eu, o Fabrício e mais um ciclista que estava pedalando sozinho e nos acompanhava, e tínhamos acabado de ultrapassar outro ciclista solitário. Eu vinha na frente com o Fabricio quando vimos um defeito (buraco) no acostamento. Eu passei meio que reto pelo buraco, o Fabricio desviou e o cara que vinha mais atrás ao tentar desviar, acabou enfiando o pneu numa fenda e com isso foi pro chão! Ele caiu na pista, mas foi bem rápido ao rolar de volta para o acostamento e puxar a bike! Paramos para prestar socorro e por sorte o estrago havia sido pequeno: alguns arranhões e um guidão/mesa tortos. Ficamos para ajudar, mas ele insistiu que deveríamos continuar e que ele andaria até o posto mais próximo (estávamos a uns 500m da parada Ferreti). Depois ficamos sabendo que ele havia desistido mas que estava tudo bem com ele! Nós seguimos até o segundo PC, no posto Sinuelo, e fomos os primeiros a chegar. Ficamos o tempo suficiente para um lanche reforçado, mas procuramos não ficar parado muito tempo pois com a roupa encharcada o frio vem rápido.

O trecho até o PC3 seria longo e madrugada a dentro, então nos programamos para fazer um PC "2.5" no SAU do pedágio em Porto Belo. Tirado alguns trechos de acostamento ruim e de alguns caminhões que insistem em buzinar a troco de nada, não aconteceu muita coisa.... O Morro do Boi foi vencido sem muitos problemas e chegamos ao SAU. Acabamos ficando um bom tempo de papo lá com o terceiro ciclista, e aproveitamos para tomar alguns cafezinhos :-). Já próximos a Florianópolis/Biguaçu tivemos os problemas mecânicos. Eu furei duas vezes o pneu traseiro e o Fabricio uma vez, mas conseguimos chegar e "abrir" o PC3 (que na verdade era apenas um posto de combustível/conveniência). O nosso colega contou com o carro/esposa de apoio e conseguiu roupas secas. O Fabricio trocou o pneu (eu estava carregando um de reserva!) pois o dele havia lascado e poderia dar problemas mais pra frente. Aproveitamos também para passar uma água nas bikes pois a relação estava bem suja!

(café no pedágio!)

Acabamos demorando mais do que o necessário no PC3, mas tudo bem... pelo menos a noite já estava acabando e em pouco tempo teríamos alguma esperança de sol! A garoa havia parado também, e assim partimos para o PC4! No caminho o nosso colega conseguiu furar os dois pneus ao mesmo tempo! O Fabricio reclamou um pouco de sono, mas eu estava ligado. Abrimos o PC4, comemos umas bananas e seguimos viagem, agora por caminhos já bem conhecidos de outros Audaxes. Armação, Campeche, Lagoa, a temida subida da Mole, a reta interminável de Rio Vermelho, e finalmente o PC5 em Ingleses! Mais caféina, comida e um pouco de descanso para encarar as últimas maldades do dia: a subida para Canasvieras e as subidas próximas ao Shopping Floripa.

(duplo furo!)

Diminuímos um bocado o ritmo, mas ainda assim fomos os primeiros a chegar :-). Tempo final: 20h11m! Bem dentro do programado! Ficamos um tempo lá no Della pra fotos, bate-papo, etc e para fechar com chave de ouro e seguindo o ditado do "o que é um peidinho pra quem já está ..." voltamos de bike para a casa da minha mãe, e bem a tempo para o almoço! :-)

("depois", ou melhor, 404km depois!)



Track do dia: aqui. (mais 11km de volta).

p.s.: como sempre... poucas fotos!

sábado, 3 de agosto de 2013

Ponte dos Arcos

A Ponte dos Arcos, localizada na região entre Balsa Nova e Palmeiras foi o destino de um dos primeiros roteiros mais pesados que eu fiz com os amigos. Naquela época estavamos todos voltando/iniciando a pedalar e chegar na colônia Witmarsum foi uma verdadeira aventura :-). O Leandro havia sugerido um pedal para lá para o final de semana, e eu apoiei a idéia! Iríamos em mais ciclistas, mas no fim fomos só eu e ele.

Acabou que o roteiro ficou muito parecido com o que eu havia feito anos atrás. Nos encontramos na Havan do Baragui e seguimos pela 277 até Campo Largo. Paramos na Jusita para um café da manhã e seguimos cortando pelo centro de Campo Largo até chegar a estrada do Bugre. Seguimos por ela por mais um bom tempo e de lá pegamos estradas de chão até a subida da serra. Eu havia subido por esse caminho apenas duas vezes: no passeio original para a Ponte dos Arcos e na 4a etapa do Metropolitano de MTB. No strava ela está identificada como Serrinha - Bugre, e de "serrinha" é um nome meio enganoso... definitivamente é curta, mas o que tem de curta tem de inclinada!








Vencido o primeiro chefe de fase do dia, seguimos até a ponte dos arcos, com direito a uma paradinha no Rio das Mortes para um lanche. Chegamos a ponte dos arcos por volta das 13h. Atravessar a ponte é um momento de tensão! Já houveram mortes por lá, e uns amigos já tomaram um corridão do trem! Da primeira vez que eu atravessei, havia um trem parado e eu perguntei para o maquinista sobre o melhor momento de atravessar a ponte. Dessa vez não havia trem, então o lance foi dar uma de chefe apache, ouvir a sinalização sonora, ouvir o trilho e passar o mais rápido possível :-). Atravessamos sem problemas, mas quando já estávamos no mirante do outro lado, começamos a ouvir o trem, ou seja, uns 10 minutos antes e estaríamos na ponte! Daria tempo para ter saído de lá sem problema, porque do tempo que começamos a ouvir o trem até ele efetivamente passar seria o suficiente para atravessar, mas teria sido tenso mesmo assim! O legal é que acabamos ficando numa posição legal para tirar umas fotos.









Da ponte até a estrada dá uns 10 kms passando por umas fazendas. É um trechinho que pega um pouco depois do tanto que já havíamos pedalado, então diminuímos um pouco o ritmo. Chegamos no aslfato e seguimos para a colônia Witmarsum onde a Gleyce nos aguardava. Tomamos um café colonial e retornamos de carro para casa. Ah sim, ao sair da colônia encontramos o Fabricio (Dyck) em um ponto de ônibus! Se deu bem... ganhou carona para Curitiba :-).

Resumo do dia: 93km, e uns 2300m de altimetria. Track aqui.  

sábado, 13 de julho de 2013

Jaraguá do Sul - Campo Alegre

(07/07) Levantamos sem muita pressa em Pomerode, e curtimos um bom café da manhã na pousada. Em vez de sair pedalando de Pomerode, optei por fazer as coisas mais devagar pela manhã, seguir de carro até Jaraguá do Sul, e sair pedalando de lá. E foi o que fizemos, levei o carro até a BR-280 e combinei com a Gleyce de nos encontramos em Campo Alegre. Ela iria subir por Corupá/São Bento do Sul, eu seguiria até o distrito de Santa Luzia e subiria via Rio Manso até Campo Alegre. Eu havia feito esse caminho em 2011 na nossa rota da cerveja (que coisa... nessa época eu ainda não apreciava uma cerveja!), mas o fiz descendo e não subindo!

O caminho até Santa Luzia é asfaltado e passa por várias plantações de arroz com a serra ao fundo. Mantive um ritmo bom, pois não queria deixar a Gleyce esperando por muito tempo, e eu sabia que a serra me tomaria bastante tempo. Eu lembrava que até Campo Alegre seriam 4 "etapas": uma subida bem inclinada, um trecho de sobe e desces mais suaves, mais subida, e por fim um pouco de descida chegando na cidade.

 (ops... a plantação de arroz está do lado direito :-) )


Iniciei a primeira etapa por volta das 11h da manhã. O tempo estava muito bom, com sol, mas sem aquele calor de lascar. Comecei a reparar que havia uma "via crucis" no caminho, e me diverti com a analogia... Comecei a reparar nos "capítulos" e correlacionar com o quanto faltava para o fim da subida. Por alguma razão eu achava que eram doze passagens, mas não, foram quatorze! E em aproximadamente 7kms ganhei uns 550m de altitude, o que corresponderia ao fim da primeira etapa.


 (6! São quantos mesmo? 12?)

 (14! Fim da primeira parte de subidas!)

A segunda etapa, apesar de mais longa, foi mais tranquila e bem agradável. Alguns sítios, o Rio Manso, a divisa de Jaraguá do Sul com Joinville e aos poucos ganhando altura. Já a terceira fase foi mais cruel... quanto mais perto, mais cansado e mais inclinado ficava a coisa. Fiz uma parada para um lanche rápido no caminho e para observar a paisagem. Minha água acabou aí! Mas eu sabia que já estava próximo de Campo Alegre.





Mais um pouco de subidas e quase nada de descidas e cheguei em Campo Alegre! A cidade apesar de pequena é bem simpática. Não tive dificuldades de achar a Gleyce na "avenida" principal da cidade. Passamos na minha padaria favorita de Campo Alegre para comprar um Strudel e perguntar onde poderíamos almoçar (o que poderia ser um problema, considerando que eram próximo das 14h). Achamos uma churrascaria próxima ao hotel Campo Alegre e ficamos por lá mesmo. Apesar da especialidade deles ser ovelha, optamos por ficar com algo mais tradicional. O sistema não é espeto corrido, vc escolhe a carne e eles trazem um espeto só para a sua mesa. Devidamente alimentados, só nos restava mesmo voltar para Curitiba :-).

Resumo do dia:  49km com 1300m de altimetria. Track aqui.

Brusque - Pomerode

(06/07/13) Depois de algum tempo sem grandes oportunidades de viajar, eis que surge uma! A Gleyce foi convidada a dar uma oficina de artes em Brusque, então enquanto ela trabalhava eu pedalava :-). Saímos de Curitiba na sexta no final da tarde e chegamos em Brusque a noite, claro que com direito a engarrafamento na região de Itajaí.

Alguns dias antes da viagem pesquisei algumas opções de roteiros e cidades próximas e combinamos que de Brusque iríamos até Pomerode (eu de bike a Gleyce de carro), curtiríamos um pouco a cidade a noite, e no dia seguinte voltaríamos para Curitiba. Pesquisei alguns tracks no lugares usuais (gpsies e wikiloc) e com algum recorta e cola consegui fazar um roteiro saindo de Brusque, contornando Blumenau, e chegando em Indaial, e de lá seguindo o roteiro oficial do Circuito Vale Europeu trecho Pomerode-Indaial.

Sábado de manhã acordamos cedo, nos arrumamos e enquanto a Gleyce seguia para a universidade eu peguei a estrada. Ainda dentro de Brusque alcancei outro ciclista na estrada e começamos a conversar. O Dinho é um ciclista local e muito gente boa. Me deu várias dicas da região e me convidou para um pedal na próxima vez que eu retornasse a Brusque. Seguimos na mesma direção por um bom tempo e quando chegamos em uma bifurcação onde deveríamos nos separar,  embora o GPS indicasse que deveríamos ir para o mesmo lado. O Dinho viu minha rota e me fez desistir de seguir o traçado original. Segundo ele eu pegaria trilhas bem fechadas e não seria recomendável seguir sozinho. Como ele insistiu e até me acompanhou, aceitei a sugestão e mudei um pouco o caminho. Seguimos por uma estrada de terra com uma boa subida em direção a Blumenau. Ele me acompanhou até a metade da subida, trocamos telefones e email e seguimos cada um para o seu lado. Continuei subindo até chegar em um pequeno mirante mas devido a neblina da manhã não foi possível ver Brusque lá de cima.

(Brusque está em algum lugar ai no meio :-) )

Desci em direção a Blumenau e tracei um caminho para interceptar meu track original. O próximo chefe de fase do dia seria o "Morro do Gato" com sua estradinha que liga o distrito do Garcia ao bairro da Velha. Em 2008 as chuvas da região destruíram parte da estrada e ela foi fechada para a passagem de carros. O pouco que eu pesquisei me dizia que era possível passar de bike, mas ainda restava um pouco de dúvida. Parei em uma padaria para o primeiro reforço do café da manhã e segui subindo.

De fato o Morro do Gato permite a passagem de bikes, e a estrada para carros está fechando e virando um belo de um single track. Na maior parte bem aberto e pedalável. Precisei empurrar em pequenos trechos mais técnicos para os quais minha habilidade não deu conta, mas foi bem pouquinho mesmo. Pra quem for para a região, é diversão garantida :-). Já do outro lado do morro, retornei ao aslfato e segui por uma ciclofaixa com destino a Indaial.



 
O asfalto terminou e comecei a subir o terceiro morro do dia. Desci já em Indaial e num horário bom, próximo ao horário do almoço. Cruzei o centro da cidade e resolvi que almoçaria na saída da cidade. Quando começava a achar que tinha sido uma má idéia, cheguei a um trevo de acesso da cidade com uma churrascaria que prometia :-). Pulei o espeto corrido e fiquei só no buffet, mas estava bem bom e consegui me alimentar bem.

 (Descida em direção a Indaial)
(Indaial)

O trecho da tarde não era de todo desconhecido, pois eu o havia percorrido no sentido contrário a alguns anos atrás. Não lembrava dos detalhes, mas lembrava que haviam dois grandes morros e um ponto onde eu poderia parar para comprar água/lanche. O trecho começa com um pedaço de uns poucos kms de rodovia e depois segue por estradas de chão passando por um vale. Claro que a saída do vale é uma subida :-). Eu só não lembrava o quão inclinado era! Ainda bem que não era tão grande assim, e logo ao começar a descer, encontrei outro ciclista (esse era de Blumenau) e ficamos um tempinho conversando. Segui viagem e aproveitei um bom trecho de descidas. O caminho cruzava uma rodovia e havia um posto com uma lojinha de conveniências então aproveitei para tomar um gatorade e repor a água.

 (arquitetura Enxaimel no caminho)

O trecho final cruza o Vale do Selke já próximo a Pomerode. A região é bonita e obviamente se tem "vale" no nome significa pelo menos mais uma subida :-). Venci o último chefe de fase do dia e entrei em Pomerode por volta das 15h da tarde! Como eu sabia que a Gleyce ainda demoraria para chegar,  fui direto para a Schornstein para uma merecida Bock! Eu voltaria mais tarde com a Gleyce para mais uma... Achei a pousada na qual haviámos feito reserva, me hospedei e fiquei aguardando a Gleyce. Ela acabou demorando um bocado para chegar, mas tudo bem, descansei enquanto isso. Já de noite saimos para jantar e tomar mais um chopp.


Resumo do dia:  107km com 1800m de altimetria. Track aqui.