segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Serras do Sul - Dia05 - Imbuia / Santa Rosa de Lima

(19/9)* Durante a noite choveu bastante, e eu acordei com o barulho dos trovões. Torci para que chovesse tudo que tinha para chover de madrugada, e quando acordei até pensei que eu teria sorte, pois estava bem nublado, mas sem chuva. Antes de sair, procurei me informar qual o melhor caminho e me indicaram um caminho que sairia no asfalto próximo a Alfredo Wagner. Percorri alguns poucos kms em uma rodovia asfaltada e então peguei o caminho indicado por uma estrada de chão. Não demorou muito e começou a chover. Parei e vesti os impermeáveis (calça e jaqueta) e continuei. O trecho até o aslfalto foi agradável, apesar da chuva, mas não durou muito e logo cheguei na BR282. O tal "perto" de Alfredo Wagner eram mais ou menos uns 22km! Nota mental: sempre que pedir informações, lembre-se que o referencial da maioria é o carro, então "perto/longe" e estrada "ruim/boa" em geral são invertidos :-).


Rodar pela BR282 é tenso! O acostamento é mínimo, esburacado e em vários trechos com mato, ou seja, intransitável na maior parte. Por sorte era um dia de pouco movimento, então, mesmo com chuva, consegui chegar em Alfredo Wagner sem grandes sustos. Logo na entrada da cidade parei em uma pequena lanchonete para um sanduba e um café, que desceu muito bem e ajudou a esquentar. Claro que a essa altura eu já estava bem encharcado, mesmo com todos os "impermeáveis". Aproveitei para perguntar sobre o caminho até Anitápolis, que eu tinha quase certeza que havia, mas não estava mapeado completamente no tracksource. Ainda bem que havia, e não poderia ser mais simples, pegar a estrada para Caeté e ir sempre em frente!


(chegada em Alfredo Wagner)

O trecho de Alfredo Wagner até Anitápolis é legal, e é feito em grande parte dentro de um vale. A chuva e o chão molhado, mais pesado, tornou a apreciação da paisagem meio difícil. Como sempre, a resposta para "como se sai de um vale?" foi a mesma: "subindo!".  E assim foi até quase 1000m acima do mar. Em cima da serra além da chuva, peguei bastante vento, mas logo que comecei a descer do outro lado do vale o tempo mudou completamente e até um solzinho apareceu!





Cheguei em Anitápolis relativamente cedo, por volta das 15h. Então eu poderia ir até Santa Rosa de Lima, ficando assim mais próximo do desafio do dia seguinte, a serra do Corvo Branco, e teria mais tempo para subir. Antes de seguir parei na pracinha de Anitápolis e fui procurar algum lugar pra comer. Claro que nessa hora almoçar seria mais dificil, então acabei me contentando com uma lanchonete e uma pizza (tá... pizza no almoço?) que estava muito boa por sinal... Aproveitei para tirar a sapatilha e deixar o pé respirar um pouco, já que a essa altura parecia uma uva passa (mais pra frente eu vou comentar sobre os "impermeáveis").


(Anitápolis)

O trecho até Santa Rosa de Lima foi tranquilo e na maioria do tempo é uma leve descida acompanhando o rio. Quando cheguei na cidade, parei no posto de gasolina e pedi para jogar uma água na bike. O frentista permitiu que eu usasse a mangueira, e consegui tirar um bocado da lama e terra que estava na bike e alforges. Segui até o bar/pousada da cidade, e precisei esperar a mulher do dono retornar, já que quem cuida da pousada era ela. Mas não havia vagas! Mais tarde descobri que estão fazendo uma obra grande na região, uma usina, então tem muito trabalhador vindo de fora. O dono me indicou uma pousada a uns 3km do centro, então o jeito era pedalar mais um pouco. No fim foi um bom negócio... a pousada era legal, e eu poderia jantar lá mesmo. Fechou :-). Durante o jantar ainda fiquei de conversa com o dono da pousada, que já havia sido presidente da Associação Acolhida da Colônia, a qual eu havia conhecido em uma viagem anterior.




(pousada, mas essa foto é do dia seguinte! :-) )


Resumo do dia: 101km (+ os 3 até a pousada) com 2100m de altimetria. Track aqui.

* O blogspot coloca a data em que eu publiquei o post e não no dia em que eu pedalei... então vou acrescentar o dia no começo do post.

2 comentários:

  1. Pior que perguntar pra morador se é perto ou longe, ou ruim ou bom, é se tem muita subida pela frente. É decepção na certa!

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  2. hehehe. Mas esse da subida eu aprendi. "tem uma subidinha só" = tem bastante subida. "tem uma serrinha" = prepare-se... tem uma montanha.

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