segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Expedição Trilha do Telégrafo - Dia 3

Terceiro e infelizmente último dia de viagem pois haviámos combinado de voltar todos com o Mildo (lembram? casamento no dia seguinte?) :-(. Acordamos cedo, e descemos para o café da manhã. Pena que o pão não era tão bom quanto o da outra pousada. O ponto alto do dia seria pedalar na beira da praia deserta até Superagui. Tinhamos acertado com o dono da pousada, Júnior, que ele nos levaria de voadeira até a Barra do Ararapira. Fizemos o embarque das bikes, e saímos. O Júnior nos deu duas opções: desembarcar no trapiche do povoado ou mais próximo ao começo da praia. Como o Mildo estava seguindo o track feito pelo pessoal do O2 optamos por descer no povoado. Não foi a melhor opção...



No caminho percorrido pela voadeira passamos por uma pequena vila "fantasma". Tinhamos visto um artigo em um quadro na pousada contando que última habitante da vila havia falecido e que a vila estava abandonada.


Desembarcamos na vila da Barra do Ararapira, e seguimos em direção a praia, usando o track do GPS. No começo foi tudo bem, passamos por algumas casas, depois pedalamos na areia, cruzamos alguns rios, e depois, cadê a trilha? O mar está tomando um espaço de terra, e desbarrancando algumas margens. Tentamos seguir/procurar a trilha em meio a vegetação, mas ela ficou densa demais e dificil de prosseguir. Em um determinado momento quando avançar ficou muito difícil, estávamos em um pequeno barranco próximo à margem, avistamos um pescador e sinalizamos para ele. Por sorte ele com seu toc-toc nos acudir e nos deu carona até um ponto mais a frente, e mais próximo do mar aberto. Ainda tivemos que desembarcar na água, e seguir um trecho carregando as bikes nas costas, mas foi uma tremenda de uma ajuda. Em retribuição contribuimos com 20 reais pelo frete.







Após uma pequena caminhada carregando as bikes chegamos em um trecho de areia mais dura, e mais algumas dezenas de metros chegamos na praia deserta que nos levaria até Superagui (hm... a praia não é Superagui também?). O Mildo e o Rafael aproveitaram o isolamento para.... bem, descubram no blog do Mildo :-). A nossa frente havia uns 28km de praia e com uma areia dura, muito boa de pedalar. Acho que até pedalamos bem demais porque chegamos em Superagui antes do almoço. Paramos em um restaurante para uns refri/cervejas, almoço com peixe e descanço.




O Mildo havia combinado com um nativo a nossa travessia para a Ilha das Peças, mas o cara não apareceu após o almoço, então procuramos outra pessoa para nos atravessar. Acabamos atravessando meio espremidos em uma voadeirinha, mas tudo bem, o trecho era bem curto mesmo.

O trecho a ser percorrido na Ilha das Peças era menor, uns 15km talvez. A nossa frente estava a Ilha do Mel. O trecho de areia era quase tão bom quanto o da praia em Superagui, mas a faixa de areia era menor, e em alguns trechos, com maré alta ela quase sumia, nos obrigando a pedalar na áqua salgada. Havia também algumas travessias de rio, nos quais precisávamos carregar as bikes, mas nada demais... tranquilo e até divertido.





Chegando no povoado fomos logo nos informar a respeito do barco. A informação da internet estava certa, havia um barco de linha para Paranaguá saindo as 17h, ou seja, tínhamos ainda umas 2 horas de sobra. Primeiro fomos até um restaurante para mais uns refris/cervejas. Ah sim... e para abrir a Cataya (uma cachaça com umas folhas típicas da região) que foi comprada em Superagui. Ficamos por lá por algo em torno de 1h, mas daí o restaurante fechou e saímos para esperar em outro lugar. Acabamos em uma casa/sorveteria onde fomos muito bem recebidos pelo casal de idosos donos do lugar e ficamos um bom tempo proseando com eles. O senhor nos contou histórias sobre seu tempo de marinheiro, e ela de como cresceu na região e conheceu ele. Assim o tempo passou rápido e logo se aproximou a hora de embarcar. Fomos para próximo do trapiche, onde também funciona uma associação de mulheres da ilha. Na associação havia um mercadinho e lanchonete, onde o Pedro comprou um "cocrete"de camarão. As 17h embarcamos, e dessa vez não nos cobraram pelas bikes, e seguimos para Paranaguá. A viagem foi tranquila e durou algo em torno de 1h e 30m.



Desembarcamos e fomos até o estacionamento, onde tivemos a última surpresa da viagem! Eu havia deixado o rádio ligado e isso detonou a bateria! Saco... ainda morri em 20tão para o eletricista fazer uma chupeta (no carro, é claro :-) ). Com as bikes e bikers devidamente acomodados, fomos atrás de um tal de pastel que seria muito bom. Não achamos (ou estava fechado?) o local e acabamos comendo o pastel em outro lugar mesmo. Devidamente alimentados encaramos a estrada de volta para Curitiba. Puxa... pena que acabou :-(. Valeu pela viagem e pela companhia pessoal!

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