segunda-feira, 17 de abril de 2017

Jalapão - Parte 3

Depois do deslocamento do acampamento, dormi bem e acordei cedo. Tomei um café feito pelo Edmilson e enquanto eu terminava de arrumar as coisas ele saiu para fazer umas ligações (o celular pega num morrinho a 1km da fazenda). Resolvi esperar ele voltar para me despedir, mas quando ele voltou veio me contando mais histórias de onça e que seria perigoso eu ir, e que era melhor tentar uma carona. Acabei entrando na pilha e resolvi tentar uma carona com o pessoal de uma agência de turismo que iria passar por lá pra levar o pessoal pro Rafting. Além do mais o tempo continuava estranho, chovendo e parando...


 (vista da fazenda)

A carona não deu certo porque o pessoal da agência ia voltar para Ponte Alta. E que quem pegou a carona foi Edmilson, pois a moto dele estava com problema e ele iria buscar outra! Acabou ficando tarde para sair, então teria mais um dia de leitura e sozinho lá na fazenda! O jeito foi dar uma explorada pelo local e de vez em quando ir lá no ponto de celular e ver se a van que faz o trajeto até Mateiros iria passar. Acabou que nem isso deu certo pois a van estava em Palmas esperando peças (a mesma que eu tinha visto estragada no dia anterior).

 (a fazenda/pousada tinha até piscina!)

(morrinho do celular!)

A noite decidi que tinha sido besteira e que o lance era ir mesmo e que o pessoal estava exagerando. É curioso isso... Pois o pessoal nativo mesmo tem um medo danado, e o pessoal que é de fora mais mora lá diz que os nativos exageram e que não existem registros de ataques/acidentes com onça. Então no dia seguinte acordei cedo, arrumei as coisas e parti. Fiz o trecho mais deserto, até a bifurcação, bem rápido. A partir da bifurcação comecei a pegar uns trechos de areia, poucos, mas chatos, e o felizmente (ou não) o tempo começou a abrir. O objetivo era chegar no Rio Novo pelo menos e de lá decidir se seguia até a Benita. Apesar da água ter acabado uns 5km antes do Rio Novo, consegui chegar bem e cedo, e pra ajudar ainda consegui almoçar por lá.

 (um "pouquinho" de areia)

 (almoço no Rio Novo)
(Rio Novo)

Do Rio Novo até o Bar da Benita foram mais 16km, e com mais trechos de areia. A paisagem vai ficando bem legal com a vista das formações rochosas próximas das dunas. Chegando na Bar da Benita resolvi aproveitar o resto do dia e visitar logo as Dunas. Do Bar até as dunas são uns 5km, e como tem muita areia, não vale a pena ir de bike, seria caminhando mesmo! Logo no começo do caminho apareceu um motoqueiro da região, e que eu havia encontrado na parada do almoço, e me ofereceu uma carona por um trocado. Acabei aceitando e fui de moto até as dunas. Com "emoção" diga-se de passagem...

 (a caminho do Bar da Benita)
 (ainda a caminho)
 (nas dunas)




O visual das dunas é bem legal, mesmo não sendo tantas dunas assim! Andei por lá, tirei fotos e dessa vez resolvi voltar a pé, pois queria tirar algumas fotos do caminho. Somando com o que já tinha andado por lá, acabou sendo uma pernada de 7km com direito a chuva no final (e bastante!). Cheguei na Benita molhado, mas tudo bem. Só aí é que fui montar acampamento enquanto batia papo com a filha da Benita (a dona mesmo não estava!) e com outro ciclista que estava por lá. Esse fazia o estilo ciclo-nômade, pois estava na estrada a mais de 20 anos segundo ele. Estava passando pelo Jalapão para comprar capim dourado para fazer artesanato e vender no nordeste.


 (retorno ao bar e chuva chegando)
(acampamento no Bar de Benita)

O Bar da Benita tem um espaço para camping atrás, mas como estava tudo muito tranquilo, montei a barraca no espaço coberto do bar mesmo. Choveu mais um pouco a noite, mas como estava no espaço coberto, nem montei o sobreteto de novo.

3o dia de pedal: 79km + caminhada. Track aqui e aqui.

Um comentário:

  1. hehehe...eu caí no papo do Edmilson...hehehe
    Só que no meu caso não foi sobre onça, ele me convenceu a pegar uma carona pra fazer os 20 km até a bifurcação...hehehe. Aceitei

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