quarta-feira, 28 de julho de 2010

Estrada Real: Ouro Preto a Paraty - Dia 3

Durante a noite meu ombro melhorou bastante, o que foi um tremendo alívio, embora o braço direito ainda estivesse meio inútil para alguns movimentos. Saímos de Tiradentes mais tarde do que o costume, pois o café só começou a ser servido as 8h.



Começamos o pedal meio lento, pois é dificil pedalar naquele calçamento irregular. Para variar, nos perdemos um pouco na chegada de São João Del Rei, e para ajudar ainda furei um pneu (droga de fita anti-furos!). Apesar do ombro, troquei a camera sem maiores problemas, só mais lento do que o usual. Passamos por São João Del Rei, tiramos fotos da igreja Matriz e seguimos em direção a São Sebastião da Vitória.



No caminho nos ligaram da pousada avisando que tinhamos esquecido por lá uma bermuda de ciclismo. Droga! Era minha... e eu só tinha levado essa bermuda e uma calça (que era a que eu estava usando). Hm... isso vai ser problema. Aliás, acho que só tem uma coisa pior do que subidas para um ciclista: ter que voltar! Então não voltamos, é claro.

Íamos seguindo o caminho do Olinto e a fome começou a apertar, então "encurtamos" o último trecho até São Sebastião da Vitória seguindo pelo asfalto. Chegando lá descobrimos que a "cidade" é tipo um local de passagem apenas, e a estrada passa no meio da cidade e estava engarrafada devido a obras mais a frente. Sem opções de restaurante, tivemos que nos virar com lanches e experimentamos uma novidade da culinária mineira: pão de queijo recheado. Comi um recheado com carne e outro com frango! Aproveitei que passamos em frente a uma lojinha que tinha xerox, e tirei mais uma cópia das planilhas para dar uma ajuda ao Pedro, que até então vinha fazendo a navegação. Arranjei também um plástico e um papelão que posteriormente foram transformados pela criatividade do Pedro no LPS (vejam as fotos dele para entender :-) ).

Seguimos em direção a Caquende/Capela do Saco, dois municípios separados por uma represa. O caminho era tranquilo e o pedal rendeu.



No caminho passamos por diversos "mata-bikers", que é tipo um mata-burro, mas com as traves no mesmo sentido da estrada.


Chegando em Caquende atravessamos de balsa (uma mistura de pedalinho com trator) para Capela do Saco e quase ficamos por lá, mas como o quarto dia seria pesado, achamos que seria mais jogo forçar um pouco mais e dividir o quarto dia em duas partes.



Lanchamos enquanto batiamos papo com um senhor cujo avô foi tropeiro. O papo tava bom, mas já eram 16:30h então não teríamos muito tempo de luz.



Começamos num ritmo mais forte, mas não teve jeito, começou a escurecer e ainda tinhamos uma serra para cruzar e segundo o guia com trechos de areia fofa (socorro!). Procurei no GPS e achei um caminho que nos levava ao asfalto, então resolvemos seguir por esse caminho. O asfalto aumentou nosso caminho em 3km mas pelo menos atravessaríamos a serra por ele (pelo asfalto :-) ). Eita coisa inclinada...

Chegamos em Carrancas e logo nos hospedamos em uma simpática pousada em frente a pracinha da igreja. Epa... O padre da cidade deve ser bastante musical, pois instalou na igreja um sistema de som imitando sinos que toca de 15 em 15 minutos!! Nem todos os moradores gostam da idéia, segundo descobrimos no jantar. Hm... vaca atolada na janta. Muito bom ;-).

Resumo do dia: 94km com 1744m de subidas
Locais: Tiradentes, São João Del Rei, São Sebastião da Vitória, Caquende, Capela do Saco, Carrancas.

3 comentários:

  1. Pelo andar da carruagem o último relato nem terá distância total (irrelevante perto do total de ascensão, isso sim diz muito). Não tem a opção peloamordeDeusMenosSubidaSohUmDia? Bela viagem belas fotos!
    A Zefal disse que tá mandando um e-mail pra vocês, vaga para projetista, acharam o porta-planilha moderno, sustentável e versátil.

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  2. Esse matabikers realmente é perigoso hein. Se o cara vem meio rapidão arrisca ficar entalado ali!

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  3. Mineirada preguiçosa ;-) Ninguém acorda cedo nesta terra?

    Que beleza de caminho para pedalar, melhor do que o rio que vocês queriam encarar.

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