Sai de Zimbros por volta das 13:35h. Nem deu tempo de se preparar psicologicamente e veio o morrão. Subida inclinada e com bastante cascalho. Ainda bem que depois da viagem na Estrada Real, eu fiz um up na bike, coloquei um X9 no cambio traseiro com um cassete 11-34. Valeu o investimento, porque nesse trecho o 34 trabalhou bastante :-).
Vencido o primeiro chefe de fase do dia, parei para almoçar num restaurante no caminho em direção a BR. Um feijão com arroz, salada e carne básico para não pesar muito. Abasteci a mochila de hidratação com uma água geladinha, e pé na estrada. Após o morro vem uma trecho meio chato até a BR, e de lá o caminho segue por mais um trecho rural com plantações de arroz.
(A foto acima é dedicada ao pessoal do
Odois - Eles tem uma fixação por Tobata que não entendo :-) ).
No começo da segunda metade do trecho vem um novo chefe de fase, bastante inclinado, e mais alto. O caminho sai de poucos metros acima do nível do mar, até 230m! A descida é bastante ingrime e perigosa também, e foi necessário um pouco de cuidado no downhill. O trecho segue por uma região bem agrádavel de vales, natureza e algumas plantações. Por volta do km 42 passei por uma placa que marcava a divisa dos municípios de Camboriú e Balneário Camboriú, e comecei a pensar que apesar dos morros até que o trecho não era tão dificil assim, e que logo logo chegaria, pois já até conseguia avistar os prédios mais altos de Camboriú! Bom... ledo engano, uma supresa aguarda os incautos ciclistas deste trecho.
(Será que alguem esqueceu de puxar o freio de mão?)
Já avistando Balneário, o trecho faz um desvio para o sul, e logo te coloca em uma subida muito íngrime de uma série de morros. Até esse pedaço eu havia feito algo em torno da metade da altimetria total do trecho, ou seja, uns 500 a 600 metros em 44 kms, logo restavam mais uns 500 metros a serem feitos em 12kms! Vai ver os criadores do percurso foram tomados por algum tipo de sadismo, pois deixaram o pior para o finalzinho. Ou tinham medo que o pessoal desistisse logo de cara, se colocassem esse trecho no começo :-). Seja lá qual for a razão, o fato é que o pedaço conhecido como interpraias, é pesado. Muitas subidas, seguidas e inclinadas nos kms finais até Balneário. Esse pedaço é usado também para provas de corridas, e em algumas subidas haviam palavras de incentivo pintadas na pista, como "não desista!" e "força!". Ao fim do sobe e desce, uma última balsa e cheguei a Balneário.
O fato de ter feito os dois últimos trechos numa tacada só contribuiu para que o dia fosse o mais pesado de todos. Ao chegar em Balneário, parei em uma padaria para repor as energias (hmm... sonho de creme :-) ), e tomar um mate leão, e fui pro hotel buscar o carro que ficou guardado lá, para em seguida pegar a estrada. Como não deixei para voltar no último dia do feriado, peguei um trânsito tranquilo na estrada.
Parcial do trecho: 59.6km e 963m de altimetria.
Total do dia: 111km e 1576m de altimetria.