Ciclobits: Circuito Costa Verde e Mar

Choveu muito durante a madrugada. De manhã cedo ainda estava chovendo! Encontrei o Mildo e a esposa no café da manhã e ficamos pensando o que fazer. Decidimos tomar o café com calma, nos arrumar e dai sim decidir o que fazer. A decisão foi acertada, e ao nos encontrar na saída do hotel, a chuva havia parado. O tempo continuava feio, bastante nublado. Mas arriscaríamos assim mesmo. Preparei o meu alforge imaginando que iríamos pegar chuva no caminho, então coloquei roupas extras, sapatilha extra e capa de chuva. No final das contas, não choveu, mas foi bom estar preparado :-).

No primeiro dia faríamos dois trechos: de Bal. Camboriú a Piçarras, onde almoçaríamos e de lá seguiríamos até Luis Alves. A saida de Balneário começa logo com um ladeirão, mas vencemos ele sem muita dificuldade. O trecho até Itajaí é tranquilo, e chegando lá pegamos um ferryboat para atravessar o rio. Em Navegantes pegamos uma longa e chata reta (asfalto) que parecia não terminar nunca, mas apenas alguns kms depois dela voltamos a pegar estradas de chão e a paisagem ficou bem mais bonita. Antes de voltar a estrada de chão passamos perto do Parque Beto Carrero World!

(Na foto acima a torre de um brinque do Beto Carrero).

No caminho até piçaras passamos por uma rampa para parapente (provavelmente), com direito a poltroninha para assistir as decolagens :-). Parte do caminho é feito bem próximo a praia. Legal como em vários lugares os catarinenses construiram ciclovias (ou calçadas pedaláveis).

Chegamos em Piçarras e almoçamos (hm.. .mignon ao molho madeira e talharim!). Devidamente alimentados, pegamos o caminho para Luis Alves. O trajeto é agradável e passa por várias plantações de arroz, de banana e algumas criações de gado. O tempo colaborou e o céu começou a limpar. Uns 12km antes da chegada encaramos o chefe de fase do dia (morro). Como eu estava num ritmo um pouco mais rápido, cheguei antes que o casal. Tirei a tradicional foto da igreja matriz, e dei entrada no Hotel Colinas.

O hotel merece um parágrafo a parte: embora seja simples, é muito bem cuidado e oferece uma área para lavar/secar roupas. O proprietário, seu Walter, é muito atencioso. O município não tem muitos atrativos/comércio, e a única(?) opção de alimentação fica a uns 3km do hotel. Então o seu Walter nos levou lá de carro, e nos disse para ligarmos que ele nos buscaria! Segundo ele, "vcs pedalam o dia inteiro, é o mínimo que podemos fazer". É bastante surpreendente a hospitalidade desse pessoal (no Vale Europeu vi coisas desse tipo tb). O cardápio da noite foi pizza (e pinga para o Mildo). ah sim... Luis Alves é a terra da banana e da cachaça.