sábado, 16 de abril de 2016

Lagos e Vulcões 2016 - Puerto Montt

(09/02) Ainda tô no ritmo de viagem e acordando bem cedo pros padrões chilenos.... Como o café da manhã do hotel só começava as 7:15, fiquei mais um tempo na cama. Pela manhã cuidei de embalar a bike. Ainda passei uma água com mangueira nela porque estava muito suja!

 (banho tomado, mas sem lavar atrás da orelha)
 (pronta para embarcar. Dica: leve uma cordinha de nylon para fazer a alça!)

Mais tarde fui dar uma volta na cidade e andar pela "costanera" (beira mar). Sem grandes atrativos, mas o curioso é que venta bastante e o mar é meio agitado, apesar de ser protegido em uma baía, então não é tão "Pacífico" assim :-). Parei para tirar fotos na escultura "sentados de frente para o mar" que tem uma história que é mais interessante do que a escultura em si. Parece que é baseada em uma música de mesmo nome de uma banda que nem é chilena, e alguém teve a ideia de fazer a escultura. A principio os moradores não gostaram, mas acabou se tornando um ponto turístico em uma cidade que carece disso!

 (Costanera)
 (ha!! uma velha conhecida! Começa aqui!)

 (sentados de frente pro mar!)

Andei mais um pouco e cheguei até o museu que estava fechado (abria 14:30), mas como estava perto disso dei umas voltas e esperei abrir. Interessante mas pequeno, então em meia hora já tinha visto tudo. Não quis andar até o tal mercado de frutos do mar (Angelmo), apesar do Tui e a Mariah terem recomendado, já que passaram por ele dois dias atrás. Aliás... deu algum enrosco com o vôo deles no dia anterior, mas eles chegaram bem em Curitiba. Dei uma passadinha no Mall Costanera, mas é um shopping como outro qualquer, e tava cheio... Voltei pro hotel e com a ajuda da mulher da recepção marquei um taxi para me levar pro aeroporto no dia seguinte. Arrumei o resto das coisas e fiquei o fimzinho do dia de bobeira.

 (tsunami?! Sim... parece que não é incomum por aqui. Esse "pacífico" é só de nome!)

 (já dentro do museu!)
 (o que seria da colonização sem Coca-Cola? :-) )
 (interessante! A exposição faz uma relação entre o mito do Cíclope...)
 (... e antigos crânios, que são desse tipo aí embaixo...)
 (mamute/elefante)
 (antes da ortlieb havia isso...)
 (praça no centro de Puerto Montt)
 (mais arquitetura local!)

(10/02) Na manhã seguinte, dia do retorno e na hora combinada, o taxi estilo van chegou e acomodamos a bike. No aeroporto o atendente queria cobrar excesso de peso, mas repeti para ele o que a moça da TAM havia me dito: “que a passagem Flex me dava 10kg a mais de franquia” e a desculpa colou! Sem pagamento a mais dessa vez :-). Tudo certo em Santiago também e ninguém deu muita bola para a tal declaração de entradas de bens temporária, acabei entregando no que parecia ser uma aduana, mas não tenho certeza :-). Tive tempo de almoçar no aeroporto e ainda responder a uma longa entrevista para uma pessoa da secretaria de turismo lá. Em Guarulhos o tempo estava mais apertado e tinha que andar um monte então passei praticamente direto pelo free shopping. Na PF me colocaram no “canal vermelho”, por conta do volume da bike, mas não despertei muito a atenção do pessoal da aduana que estava conversando perto do raio-x. Me fizeram passar as coisas por ele, mas foi só. E por fim fui para aquele terminal que parece uma rodoviária, para o último voo para Curitiba. Parece que  rola algum tipo de boicote com Curitiba… sem “finger” para embarcar para essas bandas, vai de busão mesmo! Em Curitiba a Gleyce estava me esperando no aeroporto. Enfim "home sweet home"!




Lagos e Vulcões 2016 - Frutillar a Puerto Montt

(08/02) Já tinha me programado para ter um dia de "business", ou seja, sem muito "passeio" pois a idéia era chegar logo a Puerto Montt para organizar a volta. Então levantei acampamento, tomei café e parti. Na saída aproveitei que ainda da estava cedo (pros padrões chilenos é claro) para dar uma voltinha na cidade, que estava deserta(!) e tirar algumas poucas fotos.

 (o teatro é realmente legal...)
 (essa rua tem um toldo pro pessoal descer do carro e não se molhar antes de chegar no teatro!)
 (A fachada é feita em madeira!)

Eu tinha a opção de fazer o caminho pelo lago ou direto pela Ruta 5. Dessa vez não tive dúvidas: direto :). O trecho pela rodovia foi rápido. Asfalto bom, acostamento bom e relevo suave.  Fiz uma média alta para a bike carregada! O tempo resolveu ficar nublado e não abrir. Um pouco confuso a chegada na cidade, e no pedágio havia uma placa de proibido bike na via, então tomei o caminho que indicava Chiloe/Aeroporto. Como tive que desviar do caminho original, precisei da ajuda do GPS para chegar no centro da cidade. Parei em um posto/loja de conveniência e pra minha sorte tinha um wifi, que usei para acessar o booking.com e achar um hotel/pousada. Consegui um com preço "razoável", mas já estava mesmo disposto a pagar pelo conforto.

 (rodovia sem graça :-( )
 (chegada em Puerto Montt. Ladeiras e trânsito ruim)

Acabou sendo uma boa escolha porque a duas quadras havia um grande supermercado com loja de material de construção. Após me hospedar e tomar um banho, fui no mercado, almocei na praça de alimentação e comprei plástico bolha e fita adesiva para preparar a bike. Como era perto, ainda voltei no mercado para comprar besteiras e depois fiquei no hotel de bobeira e descansando. O tempo que estava meio nublado ficou pior, e começou uma chuvinha tipo "Curitiba". Os últimos dias foram mais pesados então eu estava com um cansaço acumulado. Acabei nem saindo para jantar. Comi as besteiras que ainda tinha enquanto assistia "Sr e Sra Smith" em espanhol na TV.

 (mais refri esquisito: "tipo" fanta cereja, e "tipo" fanta pêssego!)
 (demorei para achar! Até que enfim uma Calafate Ale!!!)

Resumo do dia: 53km no último dia de pedal. Track aqui.

Lagos e Vulcões 2016 - Entre Lagos a Frutillar

(07/02) Tô ritmo já... Acorda, arruma as coisas, coloca a barraca pra secar enquanto toma café, guarda barraca, parte! Essa tem sido sido a "rotina".  Mas dessa vez, antes de sair conversei com um chileno e sobre o caminho para Puerto Octay e sobre um camping em Frutillar que eu sabia bem pouco sobre. Recebi uma  informação errada: que o caminho até Puerto Octay seria rípio; E outra correta: sobre o camping e como chegar lá.

 (amanhecer no camping)
 (saindo da cidade)

Sai da cidade por um asfalto legal e o pedal rendeu. Passei pelo lago Rupanco e peguei um sobe/desce chato, não grande, mas as pernas ja estão meio "gastas". O Osorno voltou a ser o companheiro de viagem :).


 (olha ele aí!)
 (lago Rupanco)

Na entrada para Puerto Octay parei para conversar com um casal de cicloturistas suiços. Cheguei em Puerto Octay cedo, e parei de novo para conversar com uma dupla de espanhóis que estavam "subindo" e tinham feito a Carreteira Austral. Não tenho visto tantos cicloturistas quanto na viagem anterior, então hoje foi meio atípico!

 (tentativa de Selfie com o vulcão)

A cidadezinha é bem pequena, mas parece bem legal. O atrativo é a arquitetura, com construções antigas com influência alemã. Almocei um salmão e depois fui pra pracinha da cidade onde tem wifi gratuito! Fiquei bem tentado a ficar, mas ainda era cedo e Frutillar estava a "apenas" 26 km de distância (bem... já dá para imaginar o que vai acontecer né?).

 (chegando em Puerto Octay)

 (pracinha com wifi público!)



 De novo tem um sobe/desce na saída da cidade e alguns km pra frente eu tinha a opção de seguir pela beira do lago, em uma estradinha de rípio, ou continuar pelo asfalto. Claro que acabei escolhendo o rípio e sofrendo por isso... Os 17km de rípio tiveram seus momentos de dificuldade e a medida que se aproximava da cidade, piores ficavam as subidas. Mas tudo bem, era cedo e tinha tempo.

 (esse selfie ficou melhor :-) )
 (praia cheia!)
 (concerto a beira mar)
 (eu já tinha tocado aqui antes! Essa é de setembro de 2011)

Antes de chegar passei por um camping que parece ser ainda mais chique que o de Bahia Coique, mas nem entrei porque na estrada já havia um aviso de que estava lotado. Passei também num hostal bem chique e também lotado. Cheguei na cidade e fiquei meio impressionado com a quantidade de gente na praia. Quando estive aqui antes com a Gleyce era setembro e tudo incrivelmente calmo... Parei no posto de informações turísticas para me informar sobre o camping! O atendente foi bem legal e ligou para lá, confirmando que havia vaga, beleza! O camping não tem atrativos e nem wifi. Mas a ducha quente funcionou.

 (teatro da cidade)
 (chegada ao camping)

 (instruções de como chegar no camping :-) )

Uma moça veio pedir para usar a tomada da mesa do meu sítio e, claro,  deixei. Ou melhor, acabei trocando por um 3G compartilhado para poder mandar mensagem para casa :). Também já peguei o esquema de chegada no camping: monta logo a barraca para garantir um lugar legal e corre tomar banho. Os chilenos costumam chegam mais tarde então assim você não disputa a água quente :). E depois que o sol desce, esfria rapidamente. Cozinhei, jantei e deitei. Sozinho eu tenho feito distâncias maiores e num ritmo um pouco mais puxado, então é natural que no fim do dia esteja mais cansado.


Resumo do dia: 91km, 880 de altimetria. Praia cheia. Track aqui.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Lagos e Vulcões 2016 - Bahia Coique a Entre Lagos

(06/02) Apesar do talho no polegar, eu dormi bem e acordei cedo. Deu para tirar umas fotos legais do nascer do sol. Conforme o prometido saí antes das 10h e preparado para mais um pedal "3d" (isto é, > 100km). A primeira parte do trecho de hoje foi margeando o lago Ranco e rendeu.



 (lago Ranco)
 (lago Ranco)

Cheguei em Puerto Lapi e apesar da nova ponte estar quase pronta, a travessia ainda é feita de balsa e ela é, curiosamente, movida a "corda": os balseiros seguram uma corda e andam pelo convés fazendo a balsa navegar. Bacana :-). Logo após a balsa peguei um asfalto novinho e estava rendendo, mas o GPS apitou e me colocou num rípio... Curto, e depois asfalto de novo e depois outro rípio até chegar a uma pequena localidade com um mercadinho onde parei para um lanche. Parece que as rodovias fazem a ligação "horizontal" entra a Ruta 5 e os lagos, já as "transversais" são rípio, então para ir de um lago para outro fica nessa coisa...


 (esse cabo de aço é para a correnteza não levar a balsa)
 (e essa corda para impulsionar a balsa)

Saindo de lá peguei um asfalto jóia com direito até a ciclovia! Mas de novo o GPS me jogou no rípio e dessa vez num local sem saída pois terminava em uma porteira. Bom... a culpa mesmo foi do google maps, pois tinha traçado o trajeto por ele. Tive que voltar, mas ainda bem que foi pouco. Vi a placa para Entre Lagos indicando 43 km e pensei que seria fácil (aliás... nem sei mais porque eu penso esse tipo de coisa!). O problema é que depois de alguns km tem um trevo e te esperam 36km de rípio e nesse caso específico com um sol de lascar na cabeça. Parte chata... Retas compridas e sem graça!  A recompensa só vem aos 6km antes chegar na cidade: ver o vulcão Osorno novamente!  Mais um pouco pra frente dá pra ver o vulcão Puntiagudo também, muito legal!

 (logo ali... só mais uns 30km disso!)
 (episódio IV)
(mais um pouco de rípio!)
 (agora sim.. Osorno!)
 (e Puntiagudo)

Ao chegar na cidade um pequeno imprevisto: o camping que parecia legal estava lotado! Achei outro mais pra frente, mas mais simples. Mas tinha o básico: agua quente e wifi :). E o camping foi super barato: 2500 pesos! Peguei logo um lugar antes que chegasse mais gente, armei barraca e corri tomar banho. Deitei um pouco e depois acessei a internet. Saí pra jantar um "lomo a lo pobre" (conhecido no Brasil como "bife a cavalo") porque tava merecendo!  Uma pena que a cidade é voltada pro lago e não dá pra ver o Osorno!

 (Chegando em Entre Lagos)
 (acampamento montado)
(O que o "ângulo" não faz...)

Enquanto isso, tive notícias que o Tui e a Mariah conseguiram embarcar no ônibus para Puerto Montt. Embalaram as bikes com um plástico escuro e foi!

(as bikes foram disfarçadas de muamba!)

Resumo do dia: 101km com 750m de altimetria e um bocado de calor! Track aqui.