Tomamos um café e levantamos acampamento. A dona da casa onde acampamos passou um rádio para o povoado que fica do lado da Ilha de Superagui para conseguir um barco pra gente. Ao chegarmos na praia o barqueiro já estava nos esperando para nos levar para o outro lado. Dessa vez o desembarque na praia deserta foi mais fácil e ficamos bem no comecinho dela.
Mais um dia de tempo esquisito! A praia deserta é bem mais legal com sol. Já chegando na vila do Superagui, ameaçou uma chuva, mas garoou um pouquinho só e parou. Ao chegarmos encontramos um outro ciclista e ele veio conversar com a gente. Ele era Argentino e estava viajando com alguns amigos conhecendo o Brasil "de verdade". Quando soube que iríamos para Ilha do Mel, recomendou que ficassemos por Superagui mesmo, e que lá era tudo muito para turista (ok, ele tinha razão, mas eu tinha que conhecer pessoalmente :-) ).
Fomos atrás de um barco para nos levar para a Ilha do Mel, e até encontramos uma barqueiro disposto a nos levar, mas iria sair R$50 por pessoa para fazer a travessia. Um pescador acabou nos convecendo que seria melhor atravessarmos para a Ilha das Peças e de lá tentar um barco, pois assim sairia mais barato. Acabamos concordando com a idéia e em poucos minutos fizemos a travessia para a Ilha das Peças.
(o cara foi buscar o barco a nado!)
Fizemos o trajeto na Ilha das Peças rapidamente, pois dessa vez pegamos uma maré mais favoravel e portanto mais fácil de pedalar. Tínhamos a esperança de encontrar algum barco no meio do caminho, mas só o que encontramos foram operários passando cabos elétricos. Chegamos na vila da Ilha das Peças bem na hora do almoço e aproveitamos para comer. Nos informamos com os locais e acabamos conseguindo uma voadeira para nos atravessar até a Ilha do Mel.
Fizemos a travessia para a Ilha do Mel e descemos próximo à marinha. Pedalamos até o forte e aproveitamos para conhecê-lo. De lá até Nova Brasília foi rapidinho. Demoramos um pouquinho para achar uma pousada com um preço e conforto razoáveis, mas encontramos e nos hospedamos. Ficamos um pouco de bobeira, saímos para dar uma volta e achar um local para jantar. De fato como o argentino havia comentado, a ilha é bem turística e ao contrário de outros lugares que passamos, em qualquer lugar se aceita cartão. Obviamente que os preços acabam inflacionando um pouco, mas com um pouco de pesquisa é possível conseguir as coisas por um preço "razoável".
Resumo do dia: 45km pedalados + 3 barcos. Track aqui.