domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lagamar 2013 - Dia 3 - Ilha do Cardoso - Superagui - Ilha das Peças - Ilha do Mel

(14/01) Choveu um bocado durante a noite, e acordei para fechar melhor a barraca, mas a ainda assim dormi bem e bastante :-). Acabei acordando cedo e fui até a praia fazer algumas fotos antes do café da manhã.




Tomamos um café e levantamos acampamento. A dona da casa onde acampamos passou um rádio para o povoado que fica do lado da Ilha de Superagui para conseguir um barco pra gente. Ao chegarmos na praia o barqueiro já estava nos esperando para nos levar para o outro lado. Dessa vez o desembarque na praia deserta foi mais fácil e ficamos bem no comecinho dela.





Mais um dia de tempo esquisito! A praia deserta é bem mais legal com sol. Já chegando na vila do Superagui, ameaçou uma chuva, mas garoou um pouquinho só e parou. Ao chegarmos encontramos um outro ciclista e ele veio conversar com a gente. Ele era Argentino e estava viajando com alguns amigos conhecendo o Brasil "de verdade". Quando soube que iríamos para Ilha do Mel, recomendou que ficassemos por Superagui mesmo, e que lá era tudo muito para turista (ok, ele tinha razão, mas eu tinha que conhecer pessoalmente :-) ).

Fomos atrás de um barco para nos levar para a Ilha do Mel, e até encontramos uma barqueiro disposto a nos levar, mas iria sair R$50 por pessoa para fazer a travessia. Um pescador acabou nos convecendo que seria melhor atravessarmos para a Ilha das Peças e de lá tentar um barco, pois assim sairia mais barato. Acabamos concordando com a idéia e em poucos minutos fizemos a travessia para a Ilha das Peças.

 (o cara foi buscar o barco a nado!)




Fizemos o trajeto na Ilha das Peças rapidamente, pois dessa vez pegamos uma maré mais favoravel e portanto mais fácil de pedalar. Tínhamos a esperança de encontrar algum barco no meio do caminho, mas só o que encontramos foram operários passando cabos elétricos. Chegamos na vila da Ilha das Peças bem na hora do almoço e aproveitamos para comer. Nos informamos com os locais e acabamos conseguindo uma voadeira para nos atravessar até a Ilha do Mel.

Fizemos a travessia para a Ilha do Mel e descemos próximo à marinha. Pedalamos até o forte e aproveitamos para conhecê-lo. De lá até Nova Brasília foi rapidinho. Demoramos um pouquinho para achar uma pousada com um preço e conforto razoáveis, mas encontramos e nos hospedamos. Ficamos um pouco de bobeira, saímos para dar uma volta e achar um local para jantar. De fato como o argentino havia comentado, a ilha é bem turística e ao contrário de outros lugares que passamos, em qualquer lugar se aceita cartão. Obviamente que os preços acabam inflacionando um pouco, mas com um pouco de pesquisa é possível conseguir as coisas por um preço "razoável".











Resumo do dia: 45km pedalados + 3 barcos. Track aqui.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Lagamar 2013 - Dia 2 - Cananéia - Ilha do Cardoso

(13/01) Acordamos cedo e esperamos um bocadinho até o pessoal da pousada organizar o café da manhã, algo em torno das 8h. O dia hoje seria bem tranquilo então não tinhamos muita pressa. Saímos da pousada e fomos para o cais, que ficava a meia quadra da pousada, e tivemos que esperar mais um pouquinho os barqueiros decidirem quem ia levar a gente. Decisões tomadas, foi só embarcar e curtir a viagem de voadeira até a Vila do Marujá na Ilha do Cardoso.



O passeio de barco é legal, pena que o tempo continuava cinza. Dica: leve pelo menos um corta-vento, senão corre o risco de passar frio. A Ilha do Cardoso tem um porção mais gordinha, seguida de um braço bem comprido e fino, e a Vila do Marujá fica próximo a junção dessas duas partes. Desembarcamos na vila, procuramos por informações turísticas, e decidimos que iriamos até a ponta da ilha (Pontal do Leste), onde iríamos pernoitar.




Como eu havia comentado, estávamos no lado "fino" da ilha, e apesar de termos desembarcado no lado da ilha voltado para o continente, atravessamos para o lado do oceano por um caminho de menos de 500m!



Seguimos pela praia até a ponta da ilha onde achamos uma pequena comunidade (uma meia duzia de casas). Nós haviámos nos informado antes sobre o que encontrariamos lá, e sabiámos que haveria um restaurante. Então fomos até ele e ficamos um bom tempo por lá. O lugar seria o ideal para acamparmos, mas perguntamos se poderíamos ficar por lá e rolou aquele jogo de empurra: tem que perguntar pra ciclano, e ciclano empurra para o líder da vila. No final não nos deixaram ficar por lá. Os campings da vila são os quintais das casas dos nativos, e acabamos ficando no quintal da primeira casa que haviámos visto quando chegamos. Não era exatamente um "camping", mas nos ofereceram um espaço plano, sombra e um banheiro. Ok... tá ótimo:-). Armamos acampamento, deixamos os alforges e voltamos para a frente do restaurante para mais um banho de mar.




Ao escurecer fizemos um jantar com o que haviámos comprado antes de sair de Cananéia: grão de bico de caixinha, legumes de caixinha e salsicha em conservas. E enquanto jantávamos, alimentávamos também os mosquitos. Sem muito o que fazer, fomos dormir cedo. Ah sim, sem energia elétrica no local, a não ser de geradores. Durante a noite choveu um bocado, mas nada para o qual não estivéssemos preparados.


Resumo do dia: míseros 14km e 9m de altimetria (mas acho que tá errado... deveria ser nada!). Track aqui.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Lagamar 2013 - dia 1 - Iguape, Ilha Comprida, Cananéia

(12/01) Como está virando costume, em janeiro um pequeno grupo de amigos (Eu, Pedro, Rafael e o Zé) se reuniu para uma viagem de bike. Esse ano, devido a fatores diversos, optamos por uma viagem curta e "fácil" :-).

Normalmente eu começo os relatos de viagem com o "Dia 0", que conta a preparação para a viagem. Bom, dessa vez houve bem pouca preparação: li uns 2 ou 3 relatos de pessoas que fizeram roteiros parecidos, olhei no mapa algumas distâncias, e foi só! Decidimos a data de inicio, uma duração provável e a logística de chegada ao ponto inicial da viagem. Fomos de carro mesmo até Iguape no dia 11/01, e dormimos por lá para poder iniciar o pedal no sábado, dia 12. (Nota: valeu Fabrício "estagiário" por trazer o carro de volta!)




Saímos não muito cedo de Iguape, por volta das 9h, e atravessamos a ponte para Ilha Comprida. Após alguns poucos kms pelo asfalto, pegamos a beira da praia e seguimos pela areia. Com a maré baixa, a faixa de areia mais firme fica maior e não oferece grandes dificuldades para o pedal. Aliás... em vários trechos encontramos algum tráfego de carros e até mesmo ônibus de linha utiliza a faixa de areia!






Com o terreno plano e areia firme, o pedal rendeu e logo chegamos no fim da Ilha Comprida. Paramos para um lanche e ficamos um bom tempo de bobeira em uma barraquinha na beira da praia. Ao contrário de outras viagens onde havia uma certa preocupação para vencer determinados trechos dentro de um determinado tempo, dessa vez tinhamos que cuidar para não pedalar demais e acabar logo a viagem! Mesmo podendo ir mais adiante, decidimos que terminaríamos o dia em Cananéia, então ao sair da praia percorremos um trecho curto até o ferryboat e atravessamos para a cidade de Cananéia. Não tivemos dificuldades em encontrar uma pousadinha barata. A noite saímos para jantar e enfrentamos uma das grandes dificuldades dessa viagem: mosquitos!




Aproveitamos também para pesquisar opções de barco para nos levar a Ilha do Cardoso, mas os barqueiros lá são "sindicalizados". O preço é tabelado então nem perca muito tempo tentando achar algo mais barato. Basicamente existem duas opções: uma balsa da Dersa que faz o percurso até a vila do Marujá, mas apenas em alguns dias da semana (devagar e barato), ou vai de voadeira pagando mais caro e indo mais rápido (ficou em R$50 por cabeça + R$10 da bike)!!

Resumo do dia: 59km com 44m de altimetria ! Track aqui.