Alguns dias antes da viagem pesquisei algumas opções de roteiros e cidades próximas e combinamos que de Brusque iríamos até Pomerode (eu de bike a Gleyce de carro), curtiríamos um pouco a cidade a noite, e no dia seguinte voltaríamos para Curitiba. Pesquisei alguns tracks no lugares usuais (gpsies e wikiloc) e com algum recorta e cola consegui fazar um roteiro saindo de Brusque, contornando Blumenau, e chegando em Indaial, e de lá seguindo o roteiro oficial do Circuito Vale Europeu trecho Pomerode-Indaial.
Sábado de manhã acordamos cedo, nos arrumamos e enquanto a Gleyce seguia para a universidade eu peguei a estrada. Ainda dentro de Brusque alcancei outro ciclista na estrada e começamos a conversar. O Dinho é um ciclista local e muito gente boa. Me deu várias dicas da região e me convidou para um pedal na próxima vez que eu retornasse a Brusque. Seguimos na mesma direção por um bom tempo e quando chegamos em uma bifurcação onde deveríamos nos separar, embora o GPS indicasse que deveríamos ir para o mesmo lado. O Dinho viu minha rota e me fez desistir de seguir o traçado original. Segundo ele eu pegaria trilhas bem fechadas e não seria recomendável seguir sozinho. Como ele insistiu e até me acompanhou, aceitei a sugestão e mudei um pouco o caminho. Seguimos por uma estrada de terra com uma boa subida em direção a Blumenau. Ele me acompanhou até a metade da subida, trocamos telefones e email e seguimos cada um para o seu lado. Continuei subindo até chegar em um pequeno mirante mas devido a neblina da manhã não foi possível ver Brusque lá de cima.
(Brusque está em algum lugar ai no meio :-) )
Desci em direção a Blumenau e tracei um caminho para interceptar meu track original. O próximo chefe de fase do dia seria o "Morro do Gato" com sua estradinha que liga o distrito do Garcia ao bairro da Velha. Em 2008 as chuvas da região destruíram parte da estrada e ela foi fechada para a passagem de carros. O pouco que eu pesquisei me dizia que era possível passar de bike, mas ainda restava um pouco de dúvida. Parei em uma padaria para o primeiro reforço do café da manhã e segui subindo.
De fato o Morro do Gato permite a passagem de bikes, e a estrada para carros está fechando e virando um belo de um single track. Na maior parte bem aberto e pedalável. Precisei empurrar em pequenos trechos mais técnicos para os quais minha habilidade não deu conta, mas foi bem pouquinho mesmo. Pra quem for para a região, é diversão garantida :-). Já do outro lado do morro, retornei ao aslfato e segui por uma ciclofaixa com destino a Indaial.
O asfalto terminou e comecei a subir o terceiro morro do dia. Desci já em Indaial e num horário bom, próximo ao horário do almoço. Cruzei o centro da cidade e resolvi que almoçaria na saída da cidade. Quando começava a achar que tinha sido uma má idéia, cheguei a um trevo de acesso da cidade com uma churrascaria que prometia :-). Pulei o espeto corrido e fiquei só no buffet, mas estava bem bom e consegui me alimentar bem.
(Descida em direção a Indaial)
(Indaial)
O trecho da tarde não era de todo desconhecido, pois eu o havia percorrido no sentido contrário a alguns anos atrás. Não lembrava dos detalhes, mas lembrava que haviam dois grandes morros e um ponto onde eu poderia parar para comprar água/lanche. O trecho começa com um pedaço de uns poucos kms de rodovia e depois segue por estradas de chão passando por um vale. Claro que a saída do vale é uma subida :-). Eu só não lembrava o quão inclinado era! Ainda bem que não era tão grande assim, e logo ao começar a descer, encontrei outro ciclista (esse era de Blumenau) e ficamos um tempinho conversando. Segui viagem e aproveitei um bom trecho de descidas. O caminho cruzava uma rodovia e havia um posto com uma lojinha de conveniências então aproveitei para tomar um gatorade e repor a água.
(arquitetura Enxaimel no caminho)
O trecho final cruza o Vale do Selke já próximo a Pomerode. A região é bonita e obviamente se tem "vale" no nome significa pelo menos mais uma subida :-). Venci o último chefe de fase do dia e entrei em Pomerode por volta das 15h da tarde! Como eu sabia que a Gleyce ainda demoraria para chegar, fui direto para a Schornstein para uma merecida Bock! Eu voltaria mais tarde com a Gleyce para mais uma... Achei a pousada na qual haviámos feito reserva, me hospedei e fiquei aguardando a Gleyce. Ela acabou demorando um bocado para chegar, mas tudo bem, descansei enquanto isso. Já de noite saimos para jantar e tomar mais um chopp.
Resumo do dia: 107km com 1800m de altimetria. Track aqui.
Baixou na minha terra natal (Brusque) e nem me convidou? Belo pedal!!!
ResponderExcluirOps... Foi mal Mr. Heil, mas foi algo meio que improvisado. Prometo avisar da próxima vez :-).
Excluir