Terceiro dia de viagem, e esse sim, de cerveja :-), ou melhor, de visitação a duas micro-cervejarias da região. A previsão do tempo indicava que o terceiro dia de viagem seria embaixo de chuva. Mas contrariando as probabilidades, não choveu! Tomamos café devagar e saímos mais tarde nesse dia. Saímos de Pomerode e após uns poucos quilômetros de asfalto e paralelepípidos (nossa.. é tão chato de escrever quanto é de pedalar em cima :-) ), entramos nas estradas rurais e sem muita pressa encaramos a primeira das duas subidas previstas para o dia.
Chegamos no cervejaria Bierland pouco antes do meio-dia. Teoricamente o horário de visitação já havia se encerrado, mas com um pouco de conversa nossa, e boa vontade deles, um dos cervejeiros nos mostrou a fábrica e falou sobre o processo de fabricação. Um dos principais componentes da cerveja, o lúpulo, é importado, custa bem caro, é amargo (duh), e tem cara de ração. Com uma determinada quantidade de lúpulo (5kg se não me engano) dá para fazer 10 mil litros de Pilsen, mas só 3 mil de Stout, além disso a Stout fica fermentando por 1 mês enquanto que a Pilsen fica bem menos tempo. Então tá explicado porque a Stout e tão cara :-). Almoçamos na Bierland e depois seguimos para a segunda cervejaria do dia, a Das Bier.
Mais estradas rurais, mais uma subidinha, e chegamos na Das Bier, que além de cervejaria/bar é também um pesque-pague! Tivemos que esperar alguns minutos até o bar abrir. A Das Bier oferece um negócio legal que é a "degustação", por 4 reais, eles te trazem um copinho de cada um dos tipos de cerveja. Dei uma bicadinha em todos eles, inclusive num treco estranho chamado de chop de vinho, mas não foi dessa vez, continuo não gostando de cerveja. Ficamos até umas 4 e pouco por lá, até pegar o caminho para Blumenau, onde nos hospedariámos.
A chegada em Blumenau foi meio tensa! Seguimos a indicação de um pedestre, entramos num pedaço de rodovia, e de repente apareceram placas de proibido bicicleta(!) apesar do acostamento. Blumenau foi meio que uma decepção em termos ciclísticos. Apesar de uma boa quantidade de ciclovias/ciclofaixas, o negócio não é regular. As ciclovias começam e terminam no nada. Algumas são do jeito correto, no nível do asfalto, separadas da rua e pintadas, e outras são simplesmente pintadas em cima da calçada! Ao chegarmos no Ibis a segunda surpresa: queriam nos cobrar 10 reais por bicicleta (mesmo preço de um carro) para deixá-las na garagem, e não poderíamos levá-las para o quarto. Sei lá... parece uma política da rede Accor. Ponto negativo para eles. Vou sempre lembrar disso na hora de escolher um hotel. Não são amigos dos ciclistas.
A noite fomos jantar no "The Basment Pub", um "pub" bem no estilo inglês. Legal, mas um pouco caro, mas valeu para encerrar a viagem. Minha esposa foi nos encontrar em Blumenau para podermos voltarmos todos de carro no domingo. Aliás... no domingo sim choveu pra caramba! Terminamos a viagem no dia certo :-).
Resumo do dia: 56km, 700m de subidas. Track aqui.
É Lyra, acho que o negócio é vc fazer a rota da água com gas!
ResponderExcluirKurti a aventura. òtima idéia montar a ROTA DA CERVEJA, ROTA DA CACHAÇA, ROTA DO VINHO... ironicamente todas terminam no mesmo local... NA FILA DO TRANSPLANTE DE FÍGADO!
ResponderExcluirJOPZ