sábado, 13 de julho de 2013

Jaraguá do Sul - Campo Alegre

(07/07) Levantamos sem muita pressa em Pomerode, e curtimos um bom café da manhã na pousada. Em vez de sair pedalando de Pomerode, optei por fazer as coisas mais devagar pela manhã, seguir de carro até Jaraguá do Sul, e sair pedalando de lá. E foi o que fizemos, levei o carro até a BR-280 e combinei com a Gleyce de nos encontramos em Campo Alegre. Ela iria subir por Corupá/São Bento do Sul, eu seguiria até o distrito de Santa Luzia e subiria via Rio Manso até Campo Alegre. Eu havia feito esse caminho em 2011 na nossa rota da cerveja (que coisa... nessa época eu ainda não apreciava uma cerveja!), mas o fiz descendo e não subindo!

O caminho até Santa Luzia é asfaltado e passa por várias plantações de arroz com a serra ao fundo. Mantive um ritmo bom, pois não queria deixar a Gleyce esperando por muito tempo, e eu sabia que a serra me tomaria bastante tempo. Eu lembrava que até Campo Alegre seriam 4 "etapas": uma subida bem inclinada, um trecho de sobe e desces mais suaves, mais subida, e por fim um pouco de descida chegando na cidade.

 (ops... a plantação de arroz está do lado direito :-) )


Iniciei a primeira etapa por volta das 11h da manhã. O tempo estava muito bom, com sol, mas sem aquele calor de lascar. Comecei a reparar que havia uma "via crucis" no caminho, e me diverti com a analogia... Comecei a reparar nos "capítulos" e correlacionar com o quanto faltava para o fim da subida. Por alguma razão eu achava que eram doze passagens, mas não, foram quatorze! E em aproximadamente 7kms ganhei uns 550m de altitude, o que corresponderia ao fim da primeira etapa.


 (6! São quantos mesmo? 12?)

 (14! Fim da primeira parte de subidas!)

A segunda etapa, apesar de mais longa, foi mais tranquila e bem agradável. Alguns sítios, o Rio Manso, a divisa de Jaraguá do Sul com Joinville e aos poucos ganhando altura. Já a terceira fase foi mais cruel... quanto mais perto, mais cansado e mais inclinado ficava a coisa. Fiz uma parada para um lanche rápido no caminho e para observar a paisagem. Minha água acabou aí! Mas eu sabia que já estava próximo de Campo Alegre.





Mais um pouco de subidas e quase nada de descidas e cheguei em Campo Alegre! A cidade apesar de pequena é bem simpática. Não tive dificuldades de achar a Gleyce na "avenida" principal da cidade. Passamos na minha padaria favorita de Campo Alegre para comprar um Strudel e perguntar onde poderíamos almoçar (o que poderia ser um problema, considerando que eram próximo das 14h). Achamos uma churrascaria próxima ao hotel Campo Alegre e ficamos por lá mesmo. Apesar da especialidade deles ser ovelha, optamos por ficar com algo mais tradicional. O sistema não é espeto corrido, vc escolhe a carne e eles trazem um espeto só para a sua mesa. Devidamente alimentados, só nos restava mesmo voltar para Curitiba :-).

Resumo do dia:  49km com 1300m de altimetria. Track aqui.

Brusque - Pomerode

(06/07/13) Depois de algum tempo sem grandes oportunidades de viajar, eis que surge uma! A Gleyce foi convidada a dar uma oficina de artes em Brusque, então enquanto ela trabalhava eu pedalava :-). Saímos de Curitiba na sexta no final da tarde e chegamos em Brusque a noite, claro que com direito a engarrafamento na região de Itajaí.

Alguns dias antes da viagem pesquisei algumas opções de roteiros e cidades próximas e combinamos que de Brusque iríamos até Pomerode (eu de bike a Gleyce de carro), curtiríamos um pouco a cidade a noite, e no dia seguinte voltaríamos para Curitiba. Pesquisei alguns tracks no lugares usuais (gpsies e wikiloc) e com algum recorta e cola consegui fazar um roteiro saindo de Brusque, contornando Blumenau, e chegando em Indaial, e de lá seguindo o roteiro oficial do Circuito Vale Europeu trecho Pomerode-Indaial.

Sábado de manhã acordamos cedo, nos arrumamos e enquanto a Gleyce seguia para a universidade eu peguei a estrada. Ainda dentro de Brusque alcancei outro ciclista na estrada e começamos a conversar. O Dinho é um ciclista local e muito gente boa. Me deu várias dicas da região e me convidou para um pedal na próxima vez que eu retornasse a Brusque. Seguimos na mesma direção por um bom tempo e quando chegamos em uma bifurcação onde deveríamos nos separar,  embora o GPS indicasse que deveríamos ir para o mesmo lado. O Dinho viu minha rota e me fez desistir de seguir o traçado original. Segundo ele eu pegaria trilhas bem fechadas e não seria recomendável seguir sozinho. Como ele insistiu e até me acompanhou, aceitei a sugestão e mudei um pouco o caminho. Seguimos por uma estrada de terra com uma boa subida em direção a Blumenau. Ele me acompanhou até a metade da subida, trocamos telefones e email e seguimos cada um para o seu lado. Continuei subindo até chegar em um pequeno mirante mas devido a neblina da manhã não foi possível ver Brusque lá de cima.

(Brusque está em algum lugar ai no meio :-) )

Desci em direção a Blumenau e tracei um caminho para interceptar meu track original. O próximo chefe de fase do dia seria o "Morro do Gato" com sua estradinha que liga o distrito do Garcia ao bairro da Velha. Em 2008 as chuvas da região destruíram parte da estrada e ela foi fechada para a passagem de carros. O pouco que eu pesquisei me dizia que era possível passar de bike, mas ainda restava um pouco de dúvida. Parei em uma padaria para o primeiro reforço do café da manhã e segui subindo.

De fato o Morro do Gato permite a passagem de bikes, e a estrada para carros está fechando e virando um belo de um single track. Na maior parte bem aberto e pedalável. Precisei empurrar em pequenos trechos mais técnicos para os quais minha habilidade não deu conta, mas foi bem pouquinho mesmo. Pra quem for para a região, é diversão garantida :-). Já do outro lado do morro, retornei ao aslfato e segui por uma ciclofaixa com destino a Indaial.



 
O asfalto terminou e comecei a subir o terceiro morro do dia. Desci já em Indaial e num horário bom, próximo ao horário do almoço. Cruzei o centro da cidade e resolvi que almoçaria na saída da cidade. Quando começava a achar que tinha sido uma má idéia, cheguei a um trevo de acesso da cidade com uma churrascaria que prometia :-). Pulei o espeto corrido e fiquei só no buffet, mas estava bem bom e consegui me alimentar bem.

 (Descida em direção a Indaial)
(Indaial)

O trecho da tarde não era de todo desconhecido, pois eu o havia percorrido no sentido contrário a alguns anos atrás. Não lembrava dos detalhes, mas lembrava que haviam dois grandes morros e um ponto onde eu poderia parar para comprar água/lanche. O trecho começa com um pedaço de uns poucos kms de rodovia e depois segue por estradas de chão passando por um vale. Claro que a saída do vale é uma subida :-). Eu só não lembrava o quão inclinado era! Ainda bem que não era tão grande assim, e logo ao começar a descer, encontrei outro ciclista (esse era de Blumenau) e ficamos um tempinho conversando. Segui viagem e aproveitei um bom trecho de descidas. O caminho cruzava uma rodovia e havia um posto com uma lojinha de conveniências então aproveitei para tomar um gatorade e repor a água.

 (arquitetura Enxaimel no caminho)

O trecho final cruza o Vale do Selke já próximo a Pomerode. A região é bonita e obviamente se tem "vale" no nome significa pelo menos mais uma subida :-). Venci o último chefe de fase do dia e entrei em Pomerode por volta das 15h da tarde! Como eu sabia que a Gleyce ainda demoraria para chegar,  fui direto para a Schornstein para uma merecida Bock! Eu voltaria mais tarde com a Gleyce para mais uma... Achei a pousada na qual haviámos feito reserva, me hospedei e fiquei aguardando a Gleyce. Ela acabou demorando um bocado para chegar, mas tudo bem, descansei enquanto isso. Já de noite saimos para jantar e tomar mais um chopp.


Resumo do dia:  107km com 1800m de altimetria. Track aqui.